A Mastercard pretende eliminar o número do cartão de crédito impresso e o uso de senhas até 2030. A empresa aposta na tokenização e na autenticação biométrica para tornar as transações mais seguras e sem interrupções.
Segundo Marcelo Tangioni, presidente da Mastercard no Brasil, a eliminação do número do cartão (PAN) está avançada, com 40% das transações no país já tokenizadas. A próxima etapa, prevista para os próximos cinco anos, é a substituição das senhas por autenticação biométrica, combinando as duas tecnologias para um processo de pagamento mais ágil e seguro.
“Para isso, precisamos coordenar com vários atores da cadeia de valor, incluindo fabricantes de celular, para garantir uma implementação harmoniosa”, afirmou Tangioni durante um encontro anual com a imprensa.
A Mastercard está focada em três pilares para acelerar essa transição: Click to Pay, que armazena os dados do cartão de forma criptografada e permite compras com poucos cliques; Passkey, sistema de autenticação biométrica; e pagamentos B2B, com soluções voltadas para pequenas e médias empresas, além dos setores de turismo e entretenimento.
Tangioni também comentou o cenário econômico e rebateu a ideia de que a inflação favorece as bandeiras de cartão. “Isso é uma miopia. No curto prazo, pode até ter um pequeno impacto positivo, mas no médio e longo prazo é prejudicial, pois corrói o poder de consumo. A alta de juros é um remédio, mas o essencial é manter o desemprego baixo e a massa salarial em bons patamares para garantir um consumo saudável”, afirmou.