O fundador e CEO da Amazon, Jeff Bezos, está doando US$ 100 milhões para a Feeding America, uma organização sem fins lucrativos que ajuda a alimentar famílias carentes. O executivo anunciou a doação em sua conta do Instagram na quinta-feira (2), citando a disseminação do coronavírus a razão pela qual escolheu realizá-la.
“Mesmo em tempos comuns, a insegurança alimentar nas famílias americanas é um problema importante e, infelizmente, a Covid-19 está ampliando esse estresse significativamente”, escreveu Bezos.
Também na quinta, a Apple, Laurene Powell Jobs e o ator Leonardo DiCaprio se uniram para lançar uma nova campanha chamada America’s Food Fund – que destinará recursos para manter diversos fundos de alimentos.
Bezos e a Amazon têm trabalhado para conter a pandemia de coronavírus fornecendo suporte tecnológico e kits de teste para detectar a doença.
A Amazon, juntamente com a Microsoft, doou US$ 1 milhão a um fundo de Seattle para intensificar as ações contra a Covid-19 e também criou um fundo de US$ 25 milhões para seus motoristas independentes de entrega e funcionários sazonais.
Polêmicas
A criação do fundo, batizado de Amazon Relief Fund, gerou controvérsias devido à inclusão do botão de doação em seu site – o que fez muitas pessoas acharem que a Amazon, uma empresa que chegou a US$ 1 trilhão em valor de mercado, estava solicitando doações do público para ajudar seus trabalhadores.
Devido às reações, a empresa informou que a criação de um fundo como esse requer que a companhia o abra ao público, mas que não estava pedindo doações, disse a empresa ao site CNET.
A empresa ainda enfrenta preocupações sobre a sua política diante da crise. Funcionários que continuam trabalhando durante a quarentena denunciam que a Amazon não está informando sobre novos casos de coronavírus entre os trabalhadores, nem higienizando adequadamente os armazéns e oferecendo os equipamentos de proteção necessários.
Por conta da negligência, alguns trabalhadores da companhia organizaram protestos pedindo mudanças.
Medidas de proteção
Após as críticas, a Amazon prometeu novas medidas protetivas para funcionários que trabalham em armazéns e centros de distribuição nos Estados Unidos.
No novo sistema, que deve ser implementado a partir da semana que vem, trabalhadores vão receber máscaras enquanto estão nas dependências da empresa e terão a temperatura checada na entrada.
A empresa também irá usar algoritmos para analisar vídeos dos armazéns e assegurar que os funcionários estão mantendo distâncias apropriadas uns dos outros.