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Efeitos positivos do Pix para o varejo começam a ser sentidos pelo mercado financeiro

Na última semana, uma pesquisa publicada pela consultoria Gmattos mostrou que o Pix como meio de pagamento nos maiores e-commerces do Brasil atingiu aceitação recorde, ameaçando ultrapassar o boleto.

De acordo com os dados que foram publicados pelos pela consultoria, em janeiro, a aceitação deste meio de pagamento foi de 64,4%. No mesmo período do ano anterior, sua aceitação era de apenas 16,9%. Se manter o ritmo de crescimento atual, as transações em Pix podem ultrapassar nos próximos meses as do boleto, de acordo com os especialistas.

Para Henrique Weaver, CEO da Pagaleve, uma fintech que permite que consumidores realizem compras através do Pix parcelado, esta já era uma tendência natural e prevista quando anunciaram a criação do Pix. “Nós sabíamos que o TED e o DOC se tornariam obsoletos. Assim como outros serviços já consagrados dentro do mercado financeiro do Brasil”, explica.

Outro dado publicado esta semana, desta vez  pelo Banco Central, mostrou que o Pix tirou R$ 1,5 bilhão da receita de grandes bancos do país, como o Santander, o Banco do Brasil, o Itaú Unibanco e o Bradesco, que são os maiores bancos do país listados no B3.

Isto porque, antes da ferramenta do BACEN, as transferências em dinheiro eram realizadas pelo TED e DOC que cobravam taxas para sua realização. Já o Pix, além de poder ser realizado 24 horas por dia, 7 dias por semana, é gratuito, ou seja, os bancos não ganham com a realização das transações.

Henrique explica que a absorção do Pix pelos brasileiros está transformando diversos setores. Ele cita o exemplo do setor varejista, no qual tem atuado fortemente nos últimos meses.

Segundo ele, “o trabalho que a Pagaleve realiza em parceria com os nossos clientes tem nos ajudado a alavancar as vendas dos e-commerces e também a diminuir o custo das operações dos varejistas, pois, como nosso meio de pagamento tem como pilar o Pix, naturalmente nossas taxas são menores.  Então, conseguimos proporcionar tanto ao consumidor quanto ao varejista custos menores de operação, diferentemente dos cartões de crédito, por exemplo”.

Para ele, hoje, quem mais sente os efeitos do Pix são os bancos e instituições financeiras, mas, em um futuro não muito distante, todos os setores poderão se beneficiar, “é uma revolução que os mais conservadores não vão conseguir parar”, completa.

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