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E-commerce nacional atrai cada vez mais profissionais da economia formal

Por: Redação E-Commerce Brasil

Equipe de jornalismo E-Commerce Brasil

Após 11 anos no mercado financeiro, onde ocupou cargos em bancos como JPMorgan Chase e Citigroup, Marcos Cavagnoli decidiu apostar em um segmento que cresce a passos largos no Brasil e que mudou a maneira com que nós compramos: o digital commerce. De acordo com dados da e-bit, 4 milhões de consumidores compraram pela primeira vez pelo comércio eletrônico no primeiro semestre de 2011. Marcos é um dos muitos profissionais que apostaram suas carreiras na nova onda de consumo pela web.

A internet sempre atraiu profissionais de diversos setores da economia tradicional e, agora, com o boom no shopping online, vem demandando cada vez mais profissionais do mercado financeiro para o digital commerce. Fatores como o ambiente inovador, dinâmico e menos formal do que o mercado financeiro, combinados com boas perspectivas de futuro, levaram Marcos a Buscapé Financial Services, divisão do Buscapé Company para soluções financeiras voltadas ao comércio virtual. Hoje, o executivo de 38 anos, engenheiro de formação, atua como vice-presidente da BFS. Marcelo Theodoro, 29, é outro exemplo de profissionais que migraram do mercado financeiro rumo ao comércio eletrônico brasileiro. Após passar pelo Citibank e Santander, o administrador é hoje o diretor de produtos e marketing da BFS para a América Latina.

“O segmento de digital commerce ainda é novo no Brasil e há muito que crescer”, projeta Eliane Escobar, 44, administradora de empresas e diretora comercial da empresa, vinda da Redecard. Ao longo da última década, muitas empresas do setor se valorizaram muito e cada vez mais anúncios de redes varejistas pontocom preenchem espaços publicitários de rádios e TVs. Mas o crescimento do digital commerce foi sustentado, sobretudo, por profissionais e tecnologias. Porém, tanto escolas especializadas em comércio digital como instituições de ensino tradicionais não conseguem suprir a alta demanda por colaboradores desse mercado.

24ª edição do relatório WebShoppers da e-bit, realizado com 282 lojas virtuais nacionais, com dados do Banco Central, IBGE, Sebrae e Ministério do Trabalho, revelou que:

► Entre as lojas entrevistadas, 63% contrataram profissionais nos últimos seis meses, sendo que 79% dessas acharam que os candidatos não atendiam a todas as habilidades necessárias.

► Ainda no universo das empresas que contrataram nos últimos seis meses, 64% chegaram até os candidatos através de indicação de amigos, parentes ou de alguém da empresa e 11% buscaram os colaboradores através de redes sociais.

► 73% dos profissionais foram treinados pelos próprios gestores e apenas 3% não precisaram de treinamento. Quando perguntados sobre onde procuram se atualizar, 54% desses profissionais usam redes sociais (blogs, Twitter e Facebook) para buscar informações do mercado.

► 47% dos profissionais do mercado de digital commerce ganha entre R$ 3 mil e R$ 12 mil.

“Tomei esta decisão (a de vir para o mercado de digital commerce) por acreditar que no Buscapé inovação e velocidade caminham juntos. Além disso, as estruturas menos formais das empresas de internet tornam a comunicação mais fácil e efetiva”, explica a administradora de empresas Patrícia Englerth, 35, gerente de produtos da divisão do Buscapé Company, que trabalhou nove anos no mercado financeiro e três anos na Mapfre Seguros.

Na DinheiroMail, plataforma de pagamentos online latino-americana, essa movimentação de mercado também é uma realidade no quadro de funcionários. Thiago Alves Peixoto, executivo de contas e coordenador da DinheiroMail, deixou o setor bancário, onde atuou por seis anos como gerente de relacionamento de pessoa física para o segmento de alta renda, para superar o desafio de trabalhar em uma empresa de tecnologia em que proatividade e espírito jovem são muito valorizados. “Temos mais flexibilidade tanto em termos de comunicação quanto oportunidade de negócios”, assinala Peixoto, 29.  Já Henrique Jozala, 27, publicitário, também acumula passagens por grandes instituições bancárias – entre elas, Unibanco e Itaú. “Vim pelo desafio e pela possibilidade de conhecer um novo mercado”, revela Jozala, analista de produtos sênior da BFS.

A estratégia do Buscapé Company é consolidar sua liderança na América Latina com serviços e soluções financeiras para o digital commerce nacional e latino-americano. Essa operação começou a ser implantada em 2008, quando a companhia iniciou seus investimentos na aquisição do Pagamento Digital, em janeiro,  e da FControl, em março. Em 2009, o Buscapé Company adquiriu os 15% restantes do Pagamento Digital, tornando-se o único dono do negócio. Em março de 2010, comprou o PagosOnline, na Colômbia, e, em fevereiro de 2011, a DineroMail. Esse pool formado inicialmente por estas quatro empresas formam a divisão BFS – Buscapé Financial Services, que atua fortemente junto a vendedores e compradores digitais no Brasil, mas também em outros países da América Latina, como Argentina, Colômbia e México.

Com informações de E-commerce News