Funcionários dos Correios podem entrar em greve no início de agosto
Os Correios podem estar prestes a entrar em greve já nos primeiros dias do mês de agosto. Sindicatos representantes dos funcionários da estatal estão insatisfeitos com um pacote de medidas propostas para reduzir gastos. Se aprovadas, as medidas vão alterar uma série de benefícios existentes para a categoria, além de eliminar o reajuste salarial anual.
Criadas pela diretoria da estatal, as sugestões incluem reduzir o bônus de férias (de 2/3 para 1/3 do salário), diminuir o adicional noturno (de 60% para 20% a hora), extinguir o popular “Vale Peru” (tíquete de alimentação no valor de R$ 1 mil oferecidos em dezembro) e alterações na licença maternidade (de 180 dias para 120 dias).
Também estão previstas as exclusões de alguns benefícios como o Vale-Cultura e o pagamento de multas dos funcionários. Segundo os Correios, as alterações propostas visam nivelar a categoria para se aproximar mais das regras da CLT. O pacote teria a capacidade de gerar uma economia de mais de R$ 600 milhões ao ano.
Uma paralisação dos Correios neste momento seria extremamente prejudicial ao segmento de comércio eletrônico, que está em alta histórica desde o início da pandemia do coronavírus.
Ao UOL, o presidente dos Correios, general Floriano Peixoto destacou que “qualquer tipo de paralisação ou embaraço do serviço postal, mesmo que breve, prejudicará ainda mais os pequenos e médios empresários que dependem dos Correios para conduzir seus negócios”.