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Conversas que convertem: como o WhatsApp se tornou o canal mais lucrativo do e-commerce brasileiro

Por: Redação E-Commerce Brasil

Equipe de jornalismo E-Commerce Brasil

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Durante muito tempo, o WhatsApp foi visto como um canal complementar: suporte, acompanhamento de pedidos e dúvidas pontuais. Mas essa percepção está mudando — e rápido. O app de mensagens mais usado pelos brasileiros está se consolidando como um dos canais mais relevantes de conversão direta no e-commerce.

Pessoa segurando um recorte de papel com o ícone do WhatsApp, em frente a uma superfície de madeira.
(Imagem: Envato)

A principal mudança? O consumidor já não espera apenas ser atendido. Ele quer comprar, negociar, e finalizar pedidos por ali mesmo, com agilidade, personalização e confiança. E o mercado começa a responder a essa nova expectativa com estrutura, inteligência e escala.

A ascensão do WhatsApp como canal de vendas

Em 2024, mais de 42 milhões de conversas comerciais passaram por operações estruturadas de e-commerce via WhatsApp — um aumento de mais de 40% em relação ao ano anterior. São interações que envolvem desde perguntas sobre produtos até a finalização da compra, passando por reativações de carrinho, envio de links de pagamento, promoções segmentadas e ações pós-venda.

Esse volume crescente é reflexo de dois movimentos simultâneos:

  • A mudança do comportamento do consumidor, cada vez mais confortável em comprar por aplicativos de mensagem;
  • A maturidade tecnológica das operações, que passaram a tratar o WhatsApp como canal estratégico de vendas, e não apenas como SAC.

A como alavanca de escala (e não substituição)

Automatizar mensagens é o ponto de partida. Mas escalar vendas exige uma combinação entre inteligência artificial, personalização e timing. Em operações de alto volume, a IA tem atuado como uma aliada para:

  • Identificar intenções de compra com base em palavras-chave e comportamento;
  • Sugerir produtos com base em compras anteriores ou navegação;
  • Agir proativamente para recuperar carrinhos abandonados;
  • Reduzir o tempo médio de resposta sem comprometer a experiência.

Importante destacar: a IA não elimina o fator humano, mas sim libera os times para atuarem de forma mais estratégica — como consultores que acompanham o cliente, entendem suas necessidades e propõem soluções com repertório.

Vendas conversacionais exigem novos indicadores

Com essa mudança de paradigma, as operações de e-commerce também começam a repensar como medem sucesso. A conversão em cliques e o ROI de mídia, sozinhos, não contam mais toda a história. Agora, entram em cena indicadores como:

  • Conversão por jornada ativa (ex: reengajamento por mensagem);
  • Eficiência do atendimento com apoio de IA;
  • Tempo médio para conversão após interação;
  • Valor médio dos pedidos iniciados via canais conversacionais.

Esses dados permitem enxergar o WhatsApp não como uma etapa final, mas como um motor comercial com potencial para gerar LTV, fidelização e recorrência.

O que vem pela frente?

A aceleração das vendas via WhatsApp é um movimento em expansão. Grandes marcas já estão amadurecendo suas operações com estratégias específicas para o canal, novas formas de medir resultado e integração com CRM e e-commerce. O que antes era considerado “paralelo” hoje está no centro da estratégia de crescimento.

Os dados consolidados de 2024 já apontam para esse cenário de virada — e a expectativa para os números de 2025 é ainda maior.

Para quem quer acompanhar os próximos insights sobre como a IA está impulsionando vendas no canal mais popular do país, já está no ar a lista de espera para o novo relatório oficial. Spoiler: os resultados devem mexer com os benchmarks do setor.