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Comércio eletrônico cresce 15,52% em fevereiro, revela índice MCC-ENET

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

Mesmo com a retomada completa do varejo físico, o consumidor brasileiro se acostumou com o comércio eletrônico. As vendas realizadas pela internet cresceram 15,52% em fevereiro de 2022 ante o mesmo mês do ano passado. O faturamento do setor também expandiu: 11,20%, considerando a mesma base de comparação. Os dados são do índice MCC-ENET, desenvolvido pela Neotrust | Movimento Compre & Confie, em parceria com o Comitê de Métricas da Câmara Brasileira da Economia Digital (camara-e.net).

“A performance do e-commerce brasileiro em fevereiro de 2022 mantém o cenário de crescimento dos últimos tempos. O faturamento online cresceu no mês, comparado ao mesmo período do ano passado, 11,20%, o que é coerente com a expectativa de termos um crescimento para 2022 de 10 a 15% do volume faturado”, afirma Gastão Mattos, responsável pela Divisão de Varejo Online da camara-e.net.

Vendas online

Apesar da evolução do setor, ao avaliar as vendas por e-commerce, comparando o mês de fevereiro com janeiro, neste caso, houve queda de (−15,22%). Já no acumulado dos últimos 12 meses, segue com variação positiva de 14,37%.

No ranking regional, ao considerar a base comparativa entre os meses de fevereiro (2022 e 2021), nas vendas pela internet, a configuração ficou assim: Norte (24,99%); Nordeste (24,67%); Centro-Oeste (21,68%); Sul (19,88%); e Sudeste (11,53%).

Já no acumulado dos últimos 12 meses, o desempenho foi: Nordeste (25,45%); Centro-Oeste (23,72%); Norte (22,54%); Sul (21,19%); e Sudeste (9,45%).

Faturamento do comércio eletrônico

Ao observar o faturamento do setor, em fevereiro ante janeiro, teve variação negativa de (−17,14%). Em contrapartida, o acumulado dos últimos 12 meses, segue em alta: 22,27%.

O faturamento regional, usando a base de comparação de fevereiro deste ano, em relação ao mesmo mês de 2021, os resultados foram: Nordeste (18,67%); Sul (17,03%); Centro-Oeste (16,11%); Norte (7,73%); e Sudeste (7,37%).

Já no acumulado dos últimos 12 meses, a configuração ficou da seguinte forma: Sul (30,71%); Centro-Oeste (30,25%); Nordeste (26,55%); Norte (22,81%); e Sudeste (18,16%).

Participação do e-commerce no varejo

Segundo o levantamento, em janeiro de 2022, o e-commerce representou 13,3% do comércio varejista restrito (exceto veículos, peças e materiais de construção). No acumulado dos últimos 12 meses, a participação do e-commerce no comércio varejista corresponde a 12,3%. O índice destaca que esse indicador foi feito a partir da última Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE, divulgada no dia 10 de março.

Categorias do comércio eletrônico

Em janeiro de 2022, a composição de compras realizadas pela internet, por segmento, ficou da seguinte forma: equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (42,7%); móveis e eletrodomésticos (28,5%); e tecidos, vestuário e calçados (10,4%). Na sequência, artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (7,1%); outros artigos de usos pessoal e doméstico (5,5%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,9%); e, por último, livros, jornais, revistas e papelaria (1,9%). Esse indicador também utiliza a Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE como base.

Consumidores online

Outra métrica avaliada pelo MCC-ENET revela que, no trimestre de outubro a dezembro de 2021, 18,5% dos internautas brasileiros realizaram ao menos uma compra online.

Metodologia

Os índices mensais vêm da comparação dos dados do último mês vigente em relação ao período base (média de 2017). Para compor o índice, a Neotrust | Compre & Confie coleta 100% de todas as vendas reais de grande parte do mercado de e-commerce brasileiro, utilizando adicionalmente processos estatísticos para composição das informações do mercado total do comércio eletrônico brasileiro. Também são utilizadas informações dos indicadores econômicos nacionais do IBGE, IPEA e FGV.

Não estão contabilizados no MCC-ENET dados dos sites MercadoLivre, OLX e Webmotors, além do setor de viagens e turismo, anúncios e aplicativos de transportes e alimentação, pois ainda não são monitorados pela Neotrust | Movimento Compre & Confie.

Para conferir o estudo completo, acesse a página do índice.

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