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Cade aprova compra do Grupo Big por Carrefour Brasil com restrições

Por: Giuliano Gonçalves

Jornalista do portal E-Commerce Brasil, possui formação em Produção Multimídia pelo SENAC e especialização em técnicas de SEO. Sua missão é espalhar conteúdos inspiradores.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta quarta-feira a venda do grupo BIG para o Carrefour após realizar um acordo com a empresa para a venda de algumas unidades para evitar que houvesse prejuízo à concorrência em algumas regiões. A aprovação da operação de R$ 7,5 bilhões foi unânime.

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Com isso, os conselheiros seguiram o entendimento da Superintendência-Geral (SG) do órgão que já havia finalizado um acordo com as empresas para a venda de algumas das 386 lojas adquiridas e futura aprovação da operação.

Mesmo seguindo o entendimento da SG, o relator do caso, conselheiro Luiz Augusto Hoffmann, expediu ofícios para dezenas de outras lojas, possíveis concorrentes, para ampliar a investigação sobre o possível prejuízo para a concorrência no comércio varejista, que inclui supermercados, atacarejos e clubes de compras; atacado de distribuição de produtos alimentícios; e de revenda de combustíveis.

Depois desse processo, Hoffmann decidiu por seguir o entendimento da SG e foi acompanhado pelo restante dos conselheiros. O relator decidiu aumentar o número de unidades que deveriam ser vendidas em comparação com o acordo da SG por ver possíveis problemas em mais regiões, como unidades de Carrefour e BIG muito próximas uma da outra.

O número de unidades a serem vendidas foi considerado confidencial, assim como as localizações. No entanto, no parecer da Superintendência-Geral há alguns exemplos de regiões que poderiam ser afetadas pela operação.

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Uma das regiões em que o Cade identificou possíveis problemas foi em Gravataí, no Rio Grande do Sul, onde o BIG e o Carrefour têm “participação considerável” no mercado. Outras das cidades analisadas foram Juazeiro do Norte, no Ceará, e Recife, em Pernambuco. Os detalhes do acordo são confidenciais.

De acordo com Hoffmann, a empresa tem possibilidade reduzida de exercer poder de compra em relação aos fornecedores e há competitividade no varejo de autosserviço por diversos outros atores do setor.

Durante o voto, o relator ainda disse que algumas unidades que devem ser vendidas já receberam propostas de compra e, por isso, há condições para que esse processo seja realizado “sem demora”.

“A alienação dos supracitados estabelecimentos a terceiro2s possibilita o aumento da pressão competitiva enfrentada pelas requerentes no cenário pós-operação mitigando a redução da concorrência causada pela saída do grupo BIG e reduzindo a probabilidade de exercício de poder de mercado”, disse.

Fonte: Agência O Globo

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