As pequenas e médias empresas do varejo online fecharam a Black November 2025 com faturamento de R$ 814 milhões, crescimento de 35% em relação ao ano anterior, segundo dados da Nuvemshop. O desempenho reforça a força do modelo D2C (Direct-to-Consumer), em que marcas vendem diretamente ao consumidor por meio de seus próprios canais digitais.
A categoria de Moda liderou o faturamento, com R$ 370 milhões (+35%). Em seguida aparecem Saúde & Beleza (R$ 99 milhões, +35%), Acessórios (R$ 56 milhões, +40%), Casa & Jardim (R$ 56 milhões, +18%) e Jóias (R$ 43 milhões, +49%). Os maiores tíquetes médios foram registrados em Equipamentos e Máquinas (R$ 930), Viagens (R$ 592) e Eletrônicos (R$ 431).
Entre os estados, São Paulo ficou na primeira posição, com R$ 374 milhões em vendas. Minas Gerais (R$ 80 milhões), Rio de Janeiro (R$ 73 milhões), Santa Catarina (R$ 58 milhões) e Ceará (R$ 43 milhões) completam o ranking.
Ao longo do mês, foram vendidos 11,6 milhões de produtos, alta de 21% ano a ano. O tíquete médio cresceu 6%, chegando a R$ 271. As redes sociais continuaram exercendo papel central na conversão: 13% dos pedidos vieram das plataformas sociais, sendo 84% via Instagram, uma evidência do avanço do social commerce e da integração entre conteúdo e venda direta no ecossistema das marcas.
Para Alejandro Vázquez, presidente e cofundador da Nuvemshop, novembro se tornou uma das janelas mais estratégicas do varejo digital. Ele explica que a distribuição da demanda ao longo do mês aumenta a previsibilidade e ajuda PMEs a estruturarem campanhas mais eficientes, especialmente em operações D2C que se apoiam em dados próprios para aquisição e retenção.
O ano dos cupons e do social commerce
Além dos números, a Nuvemshop divulgou um report de tendências para a Black Friday 2026. O material mostra que 79% dos lojistas com faturamento acima de R$ 20 mil mensais utilizaram cupons de desconto e 64% ofereceram frete grátis. Ações como ofertas relâmpago (46%) e kits de produtos (39%) também se destacaram por elevar tíquete médio e recompra.
O estudo mostra ainda que 81,4% das compras passaram pelo celular e que o Instagram concentrou 84,6% das vendas via social commerce. Pix e cartão de crédito permaneceram como principais meios de pagamento, com 48% e 47% das transações, respectivamente.
Os dados consideram o desempenho das lojas brasileiras da Nuvemshop ao longo de novembro de 2024 e 2025.