Pesquisa da Opinion Box e Mobile Time, revela hábitos digitais dos consumidores e destaca preocupações dos clientes com sua gestão de dados pessoais no ambiente virtual. O Panorama faz referência a setembro de 2024.
Os dados foram coletados com 2.067 brasileiros que acessam a Internet e possuem smartphone.
O estudo ressalta, primeiramente, a epidemia de fraudes digitais. Os alertas de compras suspeitas, por centrais de atendimento falsas, são a origem dos golpes para 65% dos casos. Entretanto, a proporção de consumidores que caíram nos golpes de falsa central fica na casa de 11%.
A maior parte dos golpes se concentra nas classes A e B (74%), na sequência aparecem a classe C (67%) e D e E (61%). Segundo o levantamento, a base de dados dos fraudadores pode ser segmentada. Além disso, a possibilidade de golpe aumenta conforme a idade: 16 a 29 anos (61%), 30 a 49 anos (65%) e 50 anos ou mais (69%).
Gênero não aparece como uma diferença significativa, mulheres (64%), homens (67%).
As fraudes também habitam outros canais de comunicação. No caso do WhatsApp, 30% dos entrevistados afirmam que já tiveram outras pessoas se passando por eles visando pedir dinheiro para amigos e familiares. Porém, somente 14% dos golpes foram bem sucedidos, com os golpistas recebendo o dinheiro.
A pesquisa revela que os fraudadores procuram se passar por jovens na tentativa de enganar os responsáveis. Não houve diferença significativa por gênero ou classe social, mas os principais alvos são jovens de 16 a 29 anos (34%) e pessoas com 30 a 49 anos (32%), ante aquelas com 50 anos ou mais (23%).
Gerenciamento de dados
Dentro do varejo digital, outro ponto que chama atenção é a gestão dos dados pessoais dos consumidores. O levantamento apresenta os índices de confiança dos clientes referentes a 7 tipos de empresas: bancos, seguradoras, distribuidoras de energia, operadoras de telefonia, redes sociais, sites/aplicativos de comércio eletrônico e órgãos governamentais.
No e-commerce, somente 8% confiam completamente na gestão de seus dados pessoais. A grande maioria dos respondentes, 33%, escolheram a opção do meio. O número de destaque é a desconfiança por completo, com 24% dos entrevistados alegando não confiar no varejo eletrônico.
As redes sociais também apresentaram altos níveis de desconfiança, com 53% dos consumidores dizendo que não confiam nas empresas – notas entre 1 e 2. Somente 7% afirmaram confiar completamente.
Entre as empresas analisadas, o maior nível de confiança fica com os bancos, uma média de 19% dos entrevistados confiam totalmente nas instituições. Indo na contramão, apenas 10% não confiam na administração de seus dados.
Os bancos e órgãos governamentais são os únicos que possuem uma média de confiança maior que a desconfiança.
Porém, a pesquisa revela que, mesmo frente à desconfiança, os sites de comércio eletrônico e as redes sociais tiveram um crescimento de 3 p.p na proporção de notas entre 4 e 5.
Fonte: Mobile Time