
De acordo com pesquisa da Sherlock Communications, cada vez mais, os consumidores brasileiros temem por sua segurança digital, desconfiam de soluções legais dos governos, mas simultaneamente apresentam otimismo e ansiedade com relação ao futuro da inteligência artificial.
Contando com mais de 3.500 entrevistados na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru, o estudo foi compilado no e-book, “Cibersegurança: Proteção de Dados e IA na América Latina”.
Insegurança cresce entre os consumidores
Segundo o levantamento, no Brasil, 69% dos consumidores acreditam que os dispositivos pessoais escutam conversas em segredo. Além disso, a suspeita chega ao setor privado, 76% dos entrevistados têm medo que as organizações vendam seus dados pessoais sem permissão.
André Duffles T. Aranega, consultor de segurança digital na Sherlock Communications, explica que: “ao falar sobre privacidade e segurança na América Latina, a desconfiança em relação aos dados domina o cenário”.
Permanecendo na mesma linha, as preocupações com a IA são similares. Para 63% dos brasileiros, o uso da inteligência artificial para armazenamento de informações aumenta o risco de fraude de dados.
Independente disso, a grande maioria dos entrevistados se mantém otimista: 70% concordam que a IA trará uma mudança positiva para a vida das pessoas.
Perigos do compartilhamento de dados
O levantamento destaca que 43% dos respondentes limitam a quantidade de dados pessoais que compartilham online. Simultaneamente, 83% dizem que usam senhas fortes e 87% evitam clicar em links de mensagens não solicitadas.
Outro destaque fica para o telemarketing e possíveis golpes, sendo que 55% dos entrevistados não atendem mais chamadas telefônicas de números não identificados. Além disso, no mundo do e-commerce, 66% dizem não saber se estão falando com um humano ou chatbot ao conversar com empresas.
Medidas que garantam a proteção dos usuários têm sido cada vez mais aplicadas pelos consumidores; 74% adotam autenticação em dois fatores e 51% usam um e-mail secundário somente para as compras online. No geral, os consumidores brasileiros se destacam com relação às boas práticas em comparação ao resto da América Latina.