A Americanas se incomodou e pediu, na última semana, retirada de um “watchdog” de suas operações, solicitado por credores. A vigia, encaixada em períodos atípicos e em suspeitas de irregularidades, não foi bem recebida e gera encargos mensais de R$ 300 mil à companhia.
O valor a ser pago seria destinado à CCC Monitoramento, empresa nomeada pela desembargadora Leila Lopes para cumprir o watchdog. Com a situação, a Americanas solicitou que o processo imposto, liderado pelo Itaú, fosse revisto pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiçado Rio de Janeiro.
Entre os motivos citados pela varejista para a não aplicação do watchdog segundo a defesa, está o fato de que a fraude já foi confessada. Além disso, são citados o afastamento de todos envolvidos com o acontecimento e nenhuma outra fraude ter sido detectada desde o pedido de recuperação judicial.
Sendo assim, o principal apoio da Americanas está na prerrogativa de que o watchdog só poderia ser acionado em caso de fraude no presente. No argumento apresentado pelos credores para a ação, segundo a defesa da empresa, não há justificativa para o tipo de vigia.
Detalhes do caso Americanas
Também na semana passada, o Comissão de Valores Mobiliários (CVM) anunciou a abertura de um processo contra Anna Christina Ramos Saicali, antiga diretora financeira da Americanas. Isto porque, recentemente, descobriu-se que a executiva transferiu bens ao filho antes do calote vir à tona.