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Veja quais os principais traumas na troca da sua plataforma

Por: Carolina Soares

Diretora de Novos Negócios na Infracommerce

Carolina Soares é uma profissional apaixonada por pessoas, tecnologia e processos — e acredita fortemente na força que nasce da união desses três pilares. Com mais de 25 anos de experiência no ecossistema digital, teve o privilégio de atuar em grandes implantações, liderar projetos inovadores e colaborar com mentes brilhantes do e-commerce brasileiro. Ao longo de sua trajetória, construiu parcerias estratégicas e formou times de alta performance, sempre com foco em resultados consistentes e na excelência da experiência do cliente. Sua motivação está em transformar ideias em entregas reais, gerando valor por meio da conexão entre tecnologia e vendas, sustentada por processos bem definidos e times engajados. Para Carolina, a execução precisa estar alinhada à visão de negócio e orientada por dados — sem perder o olhar humano que fortalece relações duradouras. Mãe de três filhos, Jonas (18), Luca (11) e Tomás (8), uma criança autista que a ensina diariamente sobre respeito, inclusão e empatia, Carolina encontra na maternidade uma fonte constante de inspiração e propósito. É esse olhar que reforça seu compromisso em construir um legado do qual seus filhos tenham orgulho. Transformar negócios com propósito, colaborar com pessoas e gerar impacto positivo: esse é o caminho que guia sua atuação.

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Uma tarefa muito difícil no momento de montar a loja virtual é definir a plataforma de e-commerce. Nem sempre o novo lojista tem um plano de negócios bem elaborado e não faz ideia das dimensões do novo negócio. Como escolher a plataforma adequada sem ter ideia da capacidade de venda? Realmente não é uma tarefa fácil, mais difícil ainda é trocar de plataforma depois que a loja está vendendo. É quase como você tentar passar de um carro para o outro, em pleno movimento. É muito comum os lojistas começarem com uma ferramenta menor, sem flexibilidade e mais barata. No decorrer do negócio percebe-se que poderia vender muito mais se tivesse uma plataforma melhor, e, nesse momento, chega a hora da troca da plataforma. Quando se inicia o processo de troca, é praticamente como se estivesse começando do zero, sendo necessário planejamento, pessoas especializadas e muito esforço. Veja os pontos críticos deste processo: 1 - Gerenciar o projeto. Um dos pontos mais críticos de todo o processo, pois a troca da plataforma significa começar de novo, exigindo o gerenciamento como um novo projeto. É necessário entender quais as atividades e seus responsáveis, lembrando que sempre são várias empresas envolvidas. 2 - A migração de dados dos produtos, geralmente, é um passo extenso e delicado, pois muito provavelmente os dados que estão na antiga plataforma não seguem o mesmo modelo para o cadastro da ferramenta nova. Neste momento será feito o trabalho de re–cadastro, análise das imagens e adequação do conteúdo. 3 - A migração dos dados dos pedidos quase nunca é possível, muitas vezes devido às diferenças nos modelos entre as plataformas. Porém, se o lojista tiver um ERP integrado, esse problema é minimizado. 4 - É necessário pensar na integração com a nova loja, pois demanda tempo e dinheiro. Muitas vezes o lojista inicia a implantação de um ERP adequado ao negócio, fazendo assim com que a troca da plataforma se transforme ainda mais em um projeto complexo. 5 - Trabalhar a equipe para aprender a manusear na nova ferramenta e colocá-los na mesma sintonia da empresa não é uma tarefa simples. Toda mudança gera um desconforto e aumento de trabalho. 6 - E o cliente que acessa essa nova loja? Ele precisa ser comunicado da mudança para minimizar o risco de estranhar sua primeira visita e não realizar a compra. 7 - SEO (Search Engine Optmization) – Dependendo da tecnologia da nova plataforma, será necessário começar do zero. Isso mesmo, tudo que estava feito na ferramenta anterior poderá se perder. É claro que com uma boa plataforma e com uma integração bem trabalhada, rapidamente será possível recuperar e melhorar. 8 - Por último, o ponto que geralmente gera mais conflitos: o alinhamento de expectativas. O lojista não imagina todo o trabalho que terá e se depara com todas as dificuldades citadas acima e, ainda, pode passar por um período de queda no faturamento, mesmo com consciência de que a nova ferramenta trará mais lucro a médio e longo prazo. Na maioria dos casos em que as empresas querem manter ou acelerar seu crescimento, trocar para uma nova plataforma não é uma opção. Portanto, o ideal é fazer uma escolha assertiva desde o início de sua operação de comércio eletrônico para não ter que passar pelo trauma da troca.