A pandemia levou o comércio eletrônico brasileiro a um crescimento de 40,7% em 2020. Já são mais de 1,3 milhão as lojas online, de acordo com pesquisa do BigData Corp. Em 2019, o segmento já tinha crescido 37,6% e, no ano anterior, 12,5%. Com a concorrência mais acirrada, a busca agora é pela melhoria na qualidade do serviço e a entrega tem sido o grande diferencial. É uma etapa complexa e os consumidores são cada vez mais exigentes: querem sempre mais agilidade e sem custos extras.
O mais interessante, no entanto, é que esse já não é mais um desafio restrito a grandes players globais. O crescimento do comércio eletrônico está em grande parte relacionado à migração de microempreendedores para a internet. Os negócios de pequeno porte representam quase metade do total de lojas digitais no Brasil. Em 2019, eram 30% do e-commerce. Do total, 92% das lojas não possuem uma sede física. Segundo a pesquisa do BigData Corp, quase 53% dos e-commerces no Brasil atualmente não têm sequer um único empregado.
Como isso é possível? A primeira resposta é Tecnologia. A segunda é Parceria. A corrida para atender o cliente que faz compras digitais envolve cada vez mais atores logísticos — são desenvolvedores de plataformas e aplicativos, transportadores, sistemas de rastreamento, distribuidores, operadores de smart lockers, operadores de meios de pagamento —, cada qual com uma solução.
Grandes players partem para a aquisição de startups de tecnologia: o Magazine Luiza, por exemplo, nos últimos três anos incorporou três pequenas empresas emergentes na área de logística, com o intuito de agilizar e qualificar suas entregas. Recentemente, o diretor de logística da rede contou que a conversão de vendas subiu 62% quando o prazo de entrega foi reduzido de quatro horas para apenas uma hora.
Mas as startups nem sempre estão à venda ou priorizam os grandes players. Ao contrário, originalmente surgem para atender os pequenos empreendedores digitais e eles estão na mesma corrida para entregar com qualidade e em prazos cada vez menores.
Flexibilidade e versatilidade
Modelos de negócio escaláveis, fundamentados em tecnologia e inovação, são os trunfos das startups de logística. Elas buscam integrar todo o ecossistema do comércio digital e facilitar a vida de pequenos e grandes empreendedores do setor. São empresas dinâmicas capazes de criar soluções ou adaptar as suas próprias às demandas dos diferentes clientes.
O e-Box ou locker é um exemplo: esses pontos de trânsito, cross docking, envio, devolução e recebimento de encomendas têm sido utilizado por grandes marcas, como Americanas e Riachuelo. O mesmo ocorre em varejistas de pequeno e médio porte, presentes ou não nos marketplaces — que hoje respondem por cerca de 80% do faturamento de lojas virtuais no país. Funcionam como micro centros de distribuição, são homologados pelas transportadoras e integrados com diferentes plataformas de e-commerce e sistemas de checkout.
Além da tecnologia, detém o conhecimento da realidade das cidades brasileiras e do mercado varejista nacional. O que, convenhamos, é essencial para oferecer soluções compatíveis que possam ser adotadas por e-commerces de diferentes portes e perfis, em suas diversas áreas de atuação. Soluções para todos e para cada um.