


Revolução Digital na Industria de Moda Brasileira
O varejo de moda brasileira esta atravessando a maior crise econômica e precisa acelerar o rompimento dos modelos de negócios tradicionais, que não atendem integralmente as necessidades de consumidores e empresas. A Revolução Digital é necessária e irreversível, para as operações B2C e B2B. O momento é de investimento em tecnologia, redução de custos, eficiência na gestão e expansão de fronteiras com produtos que atendam a consumidores globalizados.
Este cenário disruptivo dispõe de recursos tecnológicos que precisam fazer parte da estratégia e não somente como suporte. As empresas devem estruturar bem o planejamento de Opex, de forma que seja absorvido no DNA da cultura organizacional. São muitas informações para alinhar, e mudança de processos para lidar com esse imenso volume de dados. O investimento em consultoria especializada e capacitação do time é fundamental para o sucesso do projeto, garantindo assim que as empresas conquistem maior produtividade.
Ainda encontramos no setor muitas empresas que não investem na área do comercio digital com a devida importância. Deixando assim, que o “gestor do negócio tradicional” de marketing e comercial acumule funções. Consequentemente conduz esta operação sem a qualificação necessária para realizar a disruptura digital, este profissional tende a falhar. E na maioria dos casos, porque não conseguem atender a demanda de ambas as áreas.
É como ter uma Ferrari e não saber pilotar. Isso é um grande erro, porque estamos falando de um novo ambiente de negócios, que este gestor precisa estudar e ler artigos diariamente para se atualizar sobre tecnologia e tudo que envolve este universo digital.
São novas formas da gestão de métricas e conexões com consumidores. Por isto investir no capital humano, capacitar e transmitir essa nova cultura para os colaboradores é o mais importante. Porque são eles que fazem a máquina funcionar e a produtividade avançar. Motivados estes levantarão a bandeira da marca como embaixadores, e consequentemente refletirá na satisfação dos clientes.
Os consumidores digitais por sua vez são empoderados pelas redes sociais, e valorizam cada vez mais o relacionamento e experiência com produtos e serviços. Eles influenciam e engajam com as marcas que se identificam. As oportunidades de trazê-los para sua marca estão diretamente ligadas ao bom uso dos recursos disponíveis no mercado como Plataformas com usabilidades que convertem, CRM, Clusterização, ERP, Omni Channel, Clouds, Sistema de Lojistica Avançado e todos recursos do Markeing Digital.
Tudo isto está acessível hoje, porém o “Planejamento” precisa ser feito com riqueza de detalhes para ter sucesso. Neste negócio precisa-se contratar várias empresas prestadoras de serviço ou unificar numa full service, pesquise fornecedores com boas referências e certifique-se da qualidade dos serviços prestados.
É preciso manter estes consumidores interessados no seu produto, e ter a inteligência de negócio orientada para a cultura da excelência no atendimento, com equipe bem preparada para atender em outros idiomas e culturas. Afinal de contas por trás de toda tecnologia existem pessoas que se relacionam e trocam experiências.
Se é comércio “o core business é vender e atender bem seus clientes”, o restante são meios para isto. Um ótimo exemplo é o case da Zappos que tem índice de conversão acima de 40%, e se mantém muito acima da média porque não economizam esforços para atender os clientes com alto nível de satisfação.
“O Net-a-Porter, um dos maiores e-commerces de luxo do mundo, volta a olhar para o Brasil. O foco não é vender para cá, mas selecionar estilistas brasileiros para o portfólio da loja online.” (fonte Compradora do Net-a-Porter para FFW, 2015). Isto é fato! Marcas que buscam este caminho destacam-se no mercado internacional, são inúmeros marketplaces para todos os nichos.
Estou sempre presente nas principais feiras e salões de moda no Brasil e exterior, e fico cada vez mais entusiasmada com a demanda de compradores internacionais dos grandes players comprando nossas marcas. É nítido, como a digitalização pode disponibilizar estes produtos e dar capilaridade aos pontos de venda ofline e online por todo mundo.
“Exportar é fácil” e “Tecnologia é acessível”, a indústria de moda brasileira precisa sair do status quo, buscando as soluções e ferramentas que já estão disponíveis para realizar essa disruptura. Esta é uma grande oportunidade para sair da crise. “Internacionalizar e Digitalizar” para atender estes consumidores do grande shopping global.
"Não se trata mais de o grande engolir o pequeno. Agora é o mais rápido que engole o mais lento." (Larry Carter)
Publicado originalmente em: https://www.linkedin.com/pulse/mercado-de-moda-brasil-e-commerce-x-exporta%C3%A7%C3%A3o-erica-borges?trk=prof-post