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Já fez alguma compra pelo seu smartphone hoje?

Por: Redação E-Commerce Brasil

Equipe de jornalismo E-Commerce Brasil

Elcio Santos, Sócio-diretor da AUnica

O apetite pelo consumo cresce diariamente e cada vez mais as pessoas têm buscado comodidade e exclusividade. Como comprar mais rápido, com conforto, sem enfrentar filas e, ao mesmo tempo, realizando outras atividades simultâneas? Esse é o principal foco do Mobile Commerce, modalidade de comércio via plataformas móveis como celular e tablets.

Antigamente, os telefones móveis eram vistos como objetos de luxo, que agregavam poucas funções, além de fazer ligações. Suas interfaces eram precárias e a experiência de uso era praticamente nula. Com a evolução dos dispositivos móveis e o desenvolvimento de tecnologias de conexão, como a 3G, o mercado se tornou muito mais atraente tanto para os consumidores, quanto para as empresas.

No Brasil, o que já é conhecido como m-commerce ainda engatinha, se compararmos aos mercados mais robustos, como o Americano, Europeu e Japonês, que, além da diferença cultural, possuem boa infraestrutura de rede. Mesmo assim, o Brasil se mantém em contínuo crescimento. Somente em 2011, o m-commerce nacional deve faturar algo em torno de 4% a 5% dos R$ 20 bilhões, gerados exclusivamente pelo comércio eletrônico.

Hoje somos o quinto maior em número de usuários navegando na web, com aproximadamente 81,3 milhões, dos quais 16,2 milhões utilizam a internet para a compra, número que cresce a cada dia. A classe C é a principal responsável por este cenário, graças à disponibilidade de crédito, preços e produtos cada vez mais competitivos, além de acesso e facilidade.

Porém, para manter esse resultado é necessário, acima de tudo, que as grandes corporações ofereçam um conteúdo exclusivo para mobile, já que quase 79% dos anunciantes brasileiros online ainda não tem uma página preparada adequadamente para o ambiente móvel e seus diferentes sistemas operacionais, detalhe que pode ser considerado um desastre virtual, se tomarmos como base o aumento na utilização de plataformas móveis. De acordo com o Google Brasil, o total de buscas em mobile entre os meses de agosto de 2010 e agosto de 2011 apresentou um crescimento de 2.900% no número acessos móvel, o que representa um incremento de seis vezes nas estatísticas da representante da gigante brasileira de buscas na internet.

Infelizmente, só com números não atingimos a lucratividade esperada pelos anunciantes, que querem aumentar o retorno do investimento (+ROI) com um menor custo (-CPA).

É importante ressaltar que, para manter-se vivo e saudável em um mundo de negócios 100% tagueado, não adianta apenas pensar em uma estrutura voltada para os dispositivos móveis. Mas sim, integra-la à uma estratégia multicanal unindo mídia display, links patrocinados, analytics, sistemas corporativos – CRM, ERP, DBM -, meios de pagamentos, estoques e lojas físicas em uma única interface. Desta forma, além de tratar o cliente como único, colocando-o no centro das estratégias e decisões da empresa, o anunciante oferecerá uma experiência de compra agradável ao consumidor.

De acordo com a Anatel, no Brasil, há 236 milhões de usuários ativos de celulares, dos quais 17% são smartphones. Com isso, ao falarmos de m-commerce e de sua aplicabilidade, não podemos esquecer que há uma grande variedade de celulares e tablets com os mais diversos sistemas operacionais e tamanhos de tela. Não adianta atingir somente o sistema Y, se o seu público é também o usuário do X.  Vale o olhar atento para as SmartTVs, que também disponibilizam conteúdo interativo para os consumidores.

A partir deste pensamento, surge uma importantes características da internet móvel, a possibilidade de conhecer profundamente o seu cliente e mapear todo o seu histórico e comportamento de compra. Como aparelhos celulares não são compartilhados, é possível ajustá-lo para as necessidades e desejos do usuário, agregados à sistemas de  GPS (Global Positioning System), GSM (Global System for Mobile Communications), ou UMTS (Universal Mobile Telecommunications System), oferecendo possibilidades de acordo com sua localização geográfica, transformando, assim,  tais possibilidades em oportunidades de negócios.

Pelo que pudemos ver, temos que nos manter em constante evolução, investindo em serviços, sistemas e soluções que agreguem valor para acompanhar o mercado e atender o consumidor de maneira ágil e apaixonante. Devemos enxergar os dados como um poderoso diferencial competitivo, que auxilia as empresas a entender melhor o comportamento dos usuários, gerando produtos e serviços sob medida, ampliando a cobertura de sua oferta e, assim, trazendo melhores resultados e faturamento ainda não explorado. E você, já está preparado para faturar alto com m-commerce em 2012?

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