Em 2015, quando lançamos o Resolve.chat no Apontador, o termo “conversational commerce” ainda era um mistério, até mesmo no Vale do Silício.
Nosso projeto unia gente e código, hashtags e APIs, emoção e improviso. Era uma rede de humanos e tecnologias trabalhando juntos para resolver o que ninguém ainda sabia como fazer: vender conversando.
Milhões de usuários chegavam ao Apontador.com todos os meses com necessidades claras, tangíveis e locais, e era aí que o Resolve.chat entrava em cena para encurtar o caminho entre a intenção e a solução.

O Resolve.chat combinava atendentes reais, profissionais em home office por meio da Home Agent, uma cadeia de comandos automatizados, hashtags como #Pizza para acionar fluxos, integrações com APIs como as do iFood, pagamentos e até infraestrutura logística da Rapiddo.com.br. Tudo isso para atender a pedidos que iam de comida a pilhas de drones, de ingressos a ração para pets – e até fertilizante.
Não havia manual. Só vontade. E uma crença: conversar seria o novo clicar.
A virada invisível: de scripts para sentidos
Por anos, essa visão ficou suspensa entre o sonho e a limitação técnica. Os bots respondiam, mas não entendiam. Faltava alma, contexto, fluência. Agora, com a IA generativa, a conversa finalmente aprendeu a pensar.
Hoje, empresas como o Magalu já conduzem vendas inteiras pelo WhatsApp. A Passabot.com faz o mesmo no turismo, transformando trocas simples em jornadas completas, e é aí que a magia realmente acontece.

Por trás dessas interações, múltiplos agentes baseados em LLMs colaboram como se fossem versões do ChatGPT conversando entre si – ou com outras inteligências – para compreender o contexto, definir a melhor resposta e conectar APIs capazes de trazer, em segundos, as opções ideais. O que antes era uma promessa tornou-se um canal vivo, com linguagem natural, memória e propósito.
A verdadeira revolução não é o chat, é a conversa que leva ao entendimento entre humano e máquina.
A base invisível: IA, segurança e conectividade
Plataformas como a da OpenAI estão pavimentando esse novo fluxo com o que antes era impossível: conversas seguras, conectadas a dados e sistemas de pagamento, operando com o mesmo tom humano que antes só a voz podia entregar.
Agora, no contexto certo, cada troca é potencialmente uma transação. Cada pergunta, uma oportunidade. Cada diálogo, um funil. E, sob essa superfície invisível, uma infraestrutura de IA garante contexto, privacidade e continuidade – os alicerces invisíveis que tornam o “natural” possível.
Eclonomy: onde os clones trabalham e os humanos criam
É sobre essa base que nasce a era da Eclonomy.com, em que agentes digitais – clones de funções humanas – operam com propósito definido.
Um vendedor, um consultor de moda, um agente de viagens: cada um pode ter um clone com contexto, linguagem e autonomia. Eles fazem o trabalho transacional. Nós, o trabalho transcendental.
Esses clones libertam tempo, foco e energia, abrindo espaço para o que é irredutivelmente humano: imaginar, inventar, criar. São extensões nossas, não substitutos. O futuro do trabalho não é a substituição, é a simbiose.
O novo ciclo da conversa
O que começou com o Resolve.chat era uma semente plantada antes da hora. Hoje, com a IA generativa, essa semente germina em escala global.
O comércio finalmente aprendeu a falar e, mais importante, a ouvir. Se a primeira era digital foi sobre cliques, esta é sobre conexões. À medida que clones conversam e vendem, nós ganhamos de volta o tempo e o silêncio necessários para pensar, para sonhar, para ser.
Conversar, afinal, nunca foi apenas vender. É compreender, conectar, transformar. E talvez seja esse o verdadeiro produto da nova era digital: não a transação, mas o entendimento.