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Como turbinar a performance de apps com kit de ferramentas de marketing

Por: Juliano Dutra

Sócio fundador e membro da diretoria da Stoom. Juliano abriu sua primeira empresa de tecnologia aos 16 anos, quando fez alguns dos primeiros sites da internet brasileira. Atua há mais de 20 anos no mercado de tecnologia, tendo participado como sócio de mais de 10 empresas inovadoras, dentre elas o Rapiddo e iFood.

Marketing e tecnologia são duas áreas que se entrelaçam cada vez mais em uma relação de interdependência para aqueles que desejam se destacar no mercado digital e até mesmo offline. Em um cenário cada vez mais competitivo e no qual dados são a base da tomada de decisão e o direcionador da análise de experiência do usuário, utilizar a tecnologia a favor do negócio tem sido o caminho mais escolhido pelas empresas para trilhar.

No mercado de plataformas de e-commerce e de vendas por aplicativos isso não é diferente, muito pelo contrário, isso é essencial. Em busca de destaque competitivo e de causar uma impressão inesquecível, e positiva, no cliente, as grandes marcas têm apostado cada vez mais em entender a sua persona para entregar uma jornada de compra completa através de marketing e tecnologia.

Kit de ferramentas

É fato que já existem diversas ferramentas quando falamos do e-commerce web, mas se pensarmos nos aplicativos de venda, que inclusive estão caminhando para ser o principal meio utilizado para comprar online, não encontramos tantas ferramentas amplamente conhecidas e acessíveis. Então se você quer conhecer mais sobre essa fatia ainda pouco explorada das vendas online e turbinar a performance do seu aplicativo de vendas, acompanhe os próximos parágrafos.

Por que investir em um aplicativo?

As transformações no comportamento de compra impactaram o mercado e a forma de consumo. O cliente deixou de ser espectador e passou a ter voz ativa sobre os produtos e serviços. A relação atual de um cliente com uma marca, pode ter diferentes características, intensidades, níveis de proximidade. Quando pensamos na compra online, é seguro afirmar que quando o cliente “baixa” o aplicativo, ele está dando um passo a mais na relação com o produto ou com a empresa. Analisando dados de clientes da Stoom, por exemplo, percebe-se que a Taxa de Recompra via aplicativo é de 17% a 36% maior que no e-commerce web.

Métricas

Outro ponto que se diferencia quando falamos de Web e Aplicativo são as métricas utilizadas para guiar melhorias e inovações. Enquanto na versão web os gestores estão acostumados a olhar para o Faturamento, ROI (Return of Investment), Visitas ao site, Avaliações do Reclame Aqui e Taxa de Conversão, no app a atenção deve se voltar ao MAU (Monthly Active Users), Taxa de Retenção, LTV (Lifetime Value) do usuário, Reviews e, só então, Faturamento da plataforma.

Isso ocorre porque, como ferramenta de engajamento, é importante saber quantos usuários estão de fato ativos e interagindo na plataforma, para assim trabalhar estratégias de retenção. Calculando o LTV, é possível acompanhar quanto cada cliente trará de receita ao negócio e, com isso, definir níveis de investimento futuros, bem como ter uma visão mais estratégica sobre custo e retorno das vendas via app. Por fim, é fundamental estar atento às Reviews feitas sobre o aplicativo e, cada uma dessas etapas acontecendo de forma organizada e assertiva, o faturamento passa a ser visto como uma consequência e não a principal métrica do negócio.

Ferramentas

As empresas que já possuem suas lojas virtuais estão acostumadas com a geração de relatórios e ferramentas de análise como Google Analytics. O problema é que, no caso dos aplicativos, elas não são capazes de mapear de forma eficaz a jornada do usuário, deixando lacunas que precisam ser compreendidas para melhorar o tráfego e engajar o consumidor.

Por exemplo: plataformas como Google Play Store e Apple Store não informam a fonte de tráfego dos usuários e, quando você não sabe por onde ele veio, fica muito difícil acessá-lo novamente. Ferramentas que te possibilitem mapear Eventos, Atribuição, Engajamento e Heatmaps podem contribuir na elaboração de boas práticas e estratégias para o aplicativo.

Tracking de Eventos

São exemplos de ferramentas para fazer tracking de eventos: Mixpanel, Segment, Heap, Amplitude e Firebase, sendo as duas últimas utilizadas por grandes e-commerces do Brasil, como é o caso do iFood.

Atribuição Mobile

Com o objetivo de mapear a atribuição, ou seja, a origem de cada instalação do aplicativo, estão disponíveis no mercado ferramentas como Kochava, Branch, Adjust e Apps Flyer, sendo essa última utilizada pela Petz, maior loja de petshop online do Brasil.

Engajamento 

Para criar e efetuar a manutenção do engajamento dos usuários (CRM), são ferramentas de grande relevância: Iterable, Customer.io, Braze e Airship, sendo essa última utilizada pelo Magazine Luiza.

Heatmap

Para mapear e compreender cada passo da jornada do usuário, as ferramentas mais indicadas são: Experior, Smartlook e Uxcam, sendo essa última utilizada por marcas como OLX e Rappi.

Aprendizados

Todos esses pontos analisados, podemos dizer que trabalhar com um canal de vendas via aplicativo é cada vez mais necessário e, nem por isso, mais fácil. Ter uma equipe dedicada para esse canal, por exemplo, vai fazer a diferença no resultado, afinal, deu para perceber que não só são métricas e ferramentas diferentes, mas o próprio mindset precisa estar alinhado a essa estratégia.

Por ser um canal de intensa disputa e engajamento de clientes, invista em empresas de tecnologia que forneçam maleabilidade na definição do roadmap de melhorias do seu aplicativo. Como a concorrência dos produtos e serviços está cada vez mais acirrada, se destaca a empresa que preza por estreitar a relação com o usurário, entregando uma experiência completa e memorável, fazendo isso com qualidade e confiança.