Logo E-Commerce Brasil

Ainda vale a pena usar influenciadores como canal de vendas?

Por: Wesley Dias

Gerente de E-commerce na Alimentos Tia Sônia

Wesley Dias é um profissional apaixonado por E-commerce e Marketing Digital, atuando nesse segmento desde 2010. Atualmente é Gerente de E-commerce na Alimentos Tia Sônia e também oferece consultoria em E-commerce. Com formação em Informática, Administração de Empresas e Marketing, possui uma sólida experiência em estratégias de crescimento, evidenciada por sua liderança em projetos bem-sucedidos no setor de e-commerce.

O marketing de influência já foi um fenômeno incontestável. Empresas de todos os tamanhos correram para investir em parcerias com influenciadores na promessa de alcançar públicos engajados e impulsionar as vendas. Mas será que essa estratégia ainda entrega resultados ou virou apenas mais um modismo caro?

Saiba como transformar o marketing de influência em vendas reais, evitando armadilhas e escolhendo o influenciador certo para sua marca.

Neste artigo, vamos analisar o papel dos influenciadores no marketing digital, suas vantagens e desafios, além de um passo a passo para escolher o parceiro certo e garantir que sua campanha traga vendas reais – e não só curtidas. Boa leitura!

O papel dos influenciadores no marketing digital atual

Os influenciadores digitais se tornaram peças-chave na estratégia de vendas porque criam conexões autênticas com seu público. Diferentemente dos anúncios tradicionais, eles humanizam a comunicação e tornam a experiência de compra mais natural.

Mas o mercado mudou. Hoje, os consumidores estão mais críticos, a concorrência entre influenciadores aumentou e a autenticidade passou a ser um fator determinante. Não basta ter milhões de seguidores; é preciso credibilidade e conexão real com a audiência.

O marketing de influência ainda pode ser um canal poderoso, mas a abordagem precisa ser estratégica.

Vantagens de usar influenciadores como canal de vendas

Quando bem aplicado, o marketing de influência pode gerar vendas diretas, aumentar o reconhecimento da marca e criar um canal de comunicação genuíno com os consumidores. Veja os principais benefícios:

1. Alcance segmentado e qualificado

Influenciadores atingem públicos específicos, o que significa que sua marca será exposta a pessoas com maior chance de compra. Isso reduz desperdício de investimento e melhora as taxas de conversão.

2. Confiança e prova social

As pessoas confiam mais em recomendações de quem seguem do que em propagandas. Quando um influenciador promove um produto com autenticidade, isso gera um impacto real nas decisões de compra.

3. Engajamento orgânico e retenção

Os conteúdos de influenciadores fazem parte do dia a dia dos seguidores, tornando a interação mais natural do que um anúncio tradicional. Isso fortalece a relação entre a marca e o público.

4. Potencial de viralização

Uma boa campanha pode se espalhar rapidamente, atingindo novos públicos sem a necessidade de investimento extra. Se um conteúdo engaja, ele é compartilhado, ampliando seu alcance.

5. Custo-benefício inteligente

Micro e nanoinfluenciadores oferecem um retorno mais acessível e eficiente do que anúncios pagos em alguns casos. O investimento pode ser ajustado conforme o orçamento da empresa.

O marketing de influência ainda funciona, mas só gera bons resultados quando a escolha do influenciador é estratégica e bem planejada.

Os desafios e riscos dos influenciadores

O marketing de influência pode ser uma faca de dois gumes. Se não for bem executado, pode resultar em desperdício de dinheiro, baixa conversão e até dano à reputação da marca.

1. Influenciador sem credibilidade não vende

Se o influenciador promove um chá emagrecedor num dia e fast food no outro, o público percebe. A falta de autenticidade pode acabar afetando a confiança na sua marca.

2. Retorno sobre o investimento: será que está valendo a pena?

Se a campanha não tem métricas bem definidas, fica difícil medir o impacto real sobre as vendas. Curtidas e comentários não pagam contas – é preciso acompanhar conversões.

3. Escolher o influenciador errado pode custar caro

Imagine fechar uma parceria e, de repente, o influenciador se envolve em uma polêmica? Se você não analisar bem a reputação dele antes, sua marca pode ser arrastada para um problema difícil de reverter.

4. Seguidores falsos e números inflados

Muitos influenciadores compram seguidores ou utilizam bots para inflar engajamento. Isso cria a ilusão de relevância, mas, na prática, não gera vendas. Sempre analise a qualidade da audiência antes de investir.

5. Alto custo sem garantia de retorno

Influenciadores grandes cobram caro, mas isso não significa que entregarão resultados proporcionais. Muitas vezes, micro e nanoinfluenciadores geram mais conversões por um custo menor.

6. Dependência excessiva de um único canal

Se sua marca investe apenas em influenciadores, corre o risco de ficar refém do algoritmo ou da relevância dessas pessoas. O ideal é integrar essa estratégia a um plano mais amplo de marketing.

A chave para evitar esses problemas é saber escolher o influenciador certo.

Como escolher o influenciador certo para sua marca (passo a passo focado em vendas)

Se a escolha do influenciador não for feita com critério, a campanha pode se tornar apenas um gasto sem retorno. Aqui está um processo claro para acertar na decisão.

1. Defina sua meta de vendas

Antes de tudo, determine qual o objetivo da parceria. Exemplo:

– Aumentar o faturamento em 20% em três meses

– Gerar 500 cliques no link de compra

– Converter 100 novos clientes

Com metas claras, fica mais fácil medir o impacto real da campanha.

2. Escolha o tipo de influenciador certo para seu objetivo

Os influenciadores têm diferentes perfis. A escolha errada pode comprometer o desempenho da campanha.

– Nano (1K-10K seguidores) altamente engajados, ótimos para nichos. Conversões diretas.

– Micro (10K-100K seguidores) – melhor custo-benefício, engajamento sólido e alta credibilidade.

– Médio (100K-500K seguidores) – alcance maior, mas ainda mantém proximidade com o público.

– Macro (500K+ seguidores) – excelente para reconhecimento de marca, mas pode gerar menos conversões diretas.

Se o objetivo for vendas imediatas, micro e nanoinfluenciadores costumam ter melhor desempenho.

3. Avalie a autenticidade e a conexão com a audiência

Nem todo influenciador gera impacto real. Analise:

– Ele já promoveu produtos semelhantes ao seu?

– O público interage de forma espontânea ou os comentários parecem forçados?

– O tom dele é natural ou parece um comercial disfarçado?

Se a recomendação não for genuína, a conversão será baixa.

4. Analise métricas que realmente importam

Peça dados concretos ao influenciador:

– Taxa de engajamento – interação real acima de 3% já é um bom sinal.

– Taxa de conversão – ele já gerou vendas reais em campanhas anteriores?

– Cliques por story/post – se ele não puder mostrar, pode estar escondendo algo.

Se os números não forem convincentes, siga para o próximo.

5. Teste antes de investir pesado

Faça uma campanha menor antes de fechar um contrato maior. Teste com:

– Cupom exclusivo para medir vendas

– Links rastreáveis para verificar tráfego

– Análise de retorno antes de ampliar o investimento

Se os resultados forem positivos, escale a campanha. Se não, descarte e siga para outro influenciador.

6. Feche um contrato claro e monitore os resultados

Antes de fechar a parceria, documente:

– Formato da campanha (posts, stories, reels, lives)

– Metas definidas (exemplo: gerar 1.000 cliques no link)

– Prazo para entrega de relatórios de desempenho

Monitorar a campanha evita surpresas e garante que o investimento seja bem utilizado.

Conclusão: influenciador certo gera vendas, não só curtidas

O marketing de influência ainda funciona, mas exige planejamento e estratégia. Seguir esse passo a passo evita erros comuns e garante que seu investimento gere faturamento, não apenas engajamento vazio.

Se sua marca busca crescimento real, escolha influenciadores que entregam vendas, e não só likes.