A inteligência artificial está redesenhando as bases do varejo e transformando o retail media em um dos formatos mais dinâmicos da publicidade digital. O que antes dependia de dados históricos agora se apoia em algoritmos capazes de otimizar campanhas em tempo real, ajustando investimentos de acordo com o desempenho e o momento de compra. A segmentação se torna preditiva, identificando padrões de comportamento e entregando mensagens cada vez mais personalizadas e relevantes.

Segundo o relatório 2025 State of Retail Media, da Skai, 65% das empresas americanas que atuam com retail media já se consideram maduras no uso da IA, e 54% dos profissionais de marketing afirmam que a tecnologia aumentou a eficiência operacional e acelerou decisões estratégicas. As companhias mais avançadas relatam incrementos de dois dígitos nas taxas de conversão e redução média de 30% nos custos de mídia.
O trabalho “O Impacto da Inteligência Artificial na Retail Media no Brasil”, realizado pelo IAB Brasil, mostra que estamos diante de uma transformação que vai além da tecnologia. A IA abre espaço para uma estrutura muito mais preditiva, dinâmica e orientada pela intenção de compra.
A cultura da automação e da escala criativa
Essa evolução revela o amadurecimento do mercado, que começa a enxergar a IA não apenas como ferramenta de automação, mas como uma aliada estratégica na construção de experiências mais personalizadas, eficientes e relevantes.
Na Impulso, começamos a usar a IA generativa no desenvolvimento e criação, em larga escala, de peças de campanhas em múltiplos formatos e canais. Os primeiros resultados já são expressivos. Pacotes completos de campanha que antes levavam dez dias agora são entregues em dez minutos, gerando um ganho de produtividade de 1.500 vezes e uma redução de 90% nos custos de produção. Além da eficiência, a IA ampliou a capacidade de realizar testes A/B em tempo real, permitindo ajustes criativos e de performance durante a vigência das campanhas.
O equilíbrio entre máquina e sensibilidade humana
Enxergamos a IA não apenas como um agente de escala inteligente que amplia a criatividade humana e libera tempo para o pensamento estratégico. A tecnologia sozinha não cria propósito. É a combinação entre inteligência artificial e sensibilidade humana que gera campanhas consistentes e autênticas.
O futuro do retail media não será definido apenas pela capacidade de processar dados, mas pela inteligência com que oferecemos experiências relevantes para o consumidor e resultados sustentáveis para as marcas. A IA é o meio. A criatividade humana continuará sendo o diferencial.