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Varejo farmacêutico brasileiro cresce 4,2% no 1º trimestre de 2024, revela Bnex

Por: Giuliano Gonçalves

Jornalista do portal E-Commerce Brasil, possui formação em Produção Multimídia pelo SENAC e especialização em técnicas de SEO. Sua missão é espalhar conteúdos inspiradores.

O Shopper Report Farmacêutico, estudo feito pela Bnex, mostrou que o primeiro trimestre do varejo farmacêutico brasileiro cresceu 4,2% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Na ocasião, janeiro foi o mês com o menor crescimento entre os três primeiros meses do ano. Isso, no entanto, não é novidade para o mercado nacional, uma vez que o mês é mais impactado devido a restrição orçamentária por conta das despesas extras.

Fevereiro, por outro lado, contribuiu bastante para o crescimento do trimestre nesse período comparativo. Como principal motivo, o Carnaval impulsionou as vendas por conta das viagens e da venda de alguns produtos, como:

  • protetor solar;
  • repelentes;
  • bronzeadores;
  • itens de cuidado para a pele em geral;
  • energéticos;
  • preservativos;
  • e o conhecido “kit ressaca”, composto por sais de fruta, isotônicos, analgésicos e anti-inflamatórios.

Com o alto fluxo devido às viagens e ao período chuvoso, outra demanda que aumenta no setor é a busca por medicações e testes relacionados à Covid, bem como doenças transmitidas pelo Aedes aegypti: Dengue, Zika vírus e Chikungunya”

Tamara Paccas, Estatístico na Bnex

Itens atrelados a benefícios

Março registrou um aumento notável no número de produtos adquiridos, enquanto o aumento médio de preço permaneceu relativamente estável — o ajuste anual tradicionalmente implementado a partir do primeiro dia de abril contribuiu para isso.

Durante esse período, os compradores tendem a preencher seus carrinhos com mais itens, buscando vantagens que resultem em custos unitários mais baixos. Em relação aos medicamentos, o limite para o aumento de preços em 2024 foi fixado em 4,5%.

Embora seja o menor aumento dos últimos cinco anos, isso tem levado muitos consumidores a procurar alternativas mais econômicas, como genéricos e similares, em vez de medicamentos de marca (ou a recorrer a estabelecimentos que conseguem manter os preços abaixo do teto regulamentado).

Perfil dos compradores

Conforme mostram os gráficos a seguir, os clientes de farmácia em sua maioria são mulheres de 30 a 49 anos. Além disso, a participação das faixas acima de 60 anos mantém o patamar acima de 20% — uma atuação significativa quando comparada à presença desse público na população brasileira. Farmácia, inclusive, é uma das categorias que mais oferecem frete grátis, com 65,9% de suas vendas.

O que esperar no 2º trimestre?

No segundo trimestre, a demanda nas farmácias está relacionada às estações outono/inverno. Além do início de temperaturas mais frias, há ainda campanhas de vacinação contra gripe e outras doenças sazonais.

Por consequência, ocorre um aumento na procura por medicações relacionadas ao tratamento dessas doenças, como MIP-OTC para gripes, resfriados, febre e dor. De acordo com o estudo, isso tende a se intensificar em junho, quando as temperaturas costumam ter quedas significativas.

O relatório na íntegra pode ser visto aqui.