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Uniqlo defende decisão de permanecer na Rússia: “roupa é necessidade vital”

Por: Lucas Kina

Jornalista e repórter do E-Commerce Brasil

Nesta segunda-feira (7), a controladora da gigante de varejo japonesa Uniqlo, Fast Retailing, defendeu sua decisão de manter às lojas russas abertas mesmo com rivais como Zara e H&M, entre mais operações suspensas no país, após a invasão da Ucrânia.

Tadashi Yanai, presidente da Fast Retailing, operadora da Uniqlo, disse que o conflito não deve privar as pessoas na Rússia de roupas, uma necessidade humana básica.

“Nunca deveria haver guerra. Todos os países deveriam se opor a isso. Desta vez, toda a Europa se opõe claramente à guerra e mostrou seu apoio à Ucrânia. Qualquer tentativa de dividir o mundo, pelo contrário, fortalecerá a unidade”, diz o comunicado referente à Uniqlo.

“A roupa é uma necessidade da vida. O povo da Rússia tem o mesmo direito de viver que nós”, acrescentou Yanai.

Existem 49 lojas Uniqlo na Rússia. Um porta-voz da Fast Retailing disse que a empresa “continuará monitorando a situação”, mas que “não há planos no momento para suspender nossas operações”.

A Fast Retailing disse na sexta-feira que doará US$ 10 milhões e 200 mil itens de vestuário à agência de refugiados da ONU para apoiar pessoas forçadas a fugir na Ucrânia e países vizinhos.

Um número crescente de grandes empresas está suspendendo as atividades comerciais na Rússia, enquanto os governos ocidentais impõem sanções para pressionar o presidente Vladimir Putin sobre a guerra na Ucrânia.

A gigante espanhola de roupas Inditex, dona da Zara, disse no sábado que fecharia temporariamente centenas de lojas na Rússia, bem como a loja online do grupo.

“Dadas as circunstâncias atuais, a Inditex não pode garantir a continuidade das operações e condições de negócios na Federação Russa”, afirmou.

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Fonte: Retail Gazette