O marketing é importante para vender mais e ajuda a criar uma marca, ainda mais em tempos de crises, como a do novo coronavírus (Covid-19). “A crise vai impactar muito a gente, pois podemos perder a linha e direcionar os esforços para o lado errado. Ir na direção certa faz toda a diferença na crise”, afirma Luiz Piovesana, CMO da Nuvemshop.
De acordo com o especialista, durante o Marketplace Conference Live Edition, nesta sexta-feira (27), mais do que nunca, é importante que os lojistas tenham um posicionamento claro sobre quem são e o que querem, entendam o cliente e suas necessidades, ainda mais agora.
“Tem que saber como se adaptar dado esse novo contexto. Além de entender a persona (consumidor), ver o que ela está comprando e entender a sua jornada de compra é um ponto essencial. A partir daí, é possível tomar decisões para encontrar soluções”, ensina.
Se destaque na multidão
Identificar a persona no marketplace é mais difícil porque os dados costumam ficar fora do alcance dos sellers, porém, Piovesana dá dicas de como se aproximar mais deste cliente. “A melhor maneira de entender é entrevistar alguns clientes, sejam três ou quatro, por qualquer forma de contato e trabalhar com esses dados”, aconselha.
Outro ponto que aflige sellers é o medo de divulgar o marketplace, correndo o risco de perder o cliente para um concorrente com preços mais atrativos. Neste caso, Piovesana ensina formas para os lojistas se valorizem:
- Tenha loja própria: “Use o marketplace como forma de aquisição de clientes, mas leve-os para a sua própria loja, seja Instagram, rede social etc. Assim dá para ter controle da plataforma e falar diretamente com o cliente”.
- Mostre benefícios: “Outra forma de falar com o cliente é através do pacote enviado. Mostre benefícios e diferenciais do seu produto para o cliente, e trabalhe em cima disso. Assim, o cliente vai preferir você”.
Mudança de mercado na crise
Mesmo com pouco tempo de quarentena, é possível sentir os efeitos da crise no mercado. Alguns estão se dando bem, já outros…No entanto, de acordo com o especialista, é possível salvar os negócios com algumas atitudes.
“Tirando alimentação e saúde, que crescem absurdamente, negócios voltados a entretenimento também estão crescendo. Coisas para se divertir em casa, seja com cachorro, filhos, como jogos de tabuleiro, por exemplo. Outro setor com crescimento rápido é o voltado para eletrônicos e equipamentos de escritório, pois muita gente está fazendo home office e quer trabalhar de forma mais produtiva”, explica.
Os setores que sofreram baixas podem buscar alternativas como oferecer gift cards ou vale desconto, que é dinheiro que virá depois, segundo Piovesana. “Outra coisa legal é fazer acordo com empresas de frete ou motoboys e campanhas pelo bairro, além de parcerias com outras lojas, pois cada um tem sua base de clientes. Nessas horas, temos a tendência a cortar investimentos. Isso economiza dinheiro, mas faz a máquina parar. É hora de todo mundo se ajudar”, opina.
Leia também: Qual o impacto da logística na conversão nos marketplaces?
Confira a apresentação completa do Luiz Piovesana:
Por Dinalva Fernandes, da redação do E-Commerce Brasil
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