Em cenário parecido com o que já acontece nos EUA e Europa, o TikTok Shop promete chegar ao Brasil com todas as características de um produto bem-sucedido. De acordo com relatório do Santander, em volume de mercadorias no país, a plataforma pode chegar a R$ 39 bilhões produzidos até 2028.

Caso a chegada da aba de compras do TikTok se confirme a curto ou médio prazo, a estimativa do banco é que uma fatia significante do e-commerce brasileiro seja conquistada. É o caso, segundo o estudo, de uma presença entre 5% e 9% nos primeiros três anos após ser lançada.
Parte do clima comercial positivo para a rede social da ByteDance no Brasil se deve ao número de usuários por aqui. São 111 milhões de pessoas utilizando o aplicativo no país, tornando-o o terceiro mercado neste índice. À frente, ficam somente Indonésia e EUA, respectivamente.
Atualmente, o TikTok Shop atua em oito mercados, incluindo EUA, Filipinas, Indonésia, Malásia, Reino Unido, Singapura, Tailândia e Vietnã. A América Latina, principalmente com México e Brasil, podem ser agregados neste semestre. Em 2024, globalmente, a plataforma contabilizou quase US$ 33 bilhões em itens vendidos.
Mas o que pode acontecer?
No relatório, o Santander comenta que o olhar do TikTok para mercados alternativos, como Brasil e México, pode ser consequência das sanções sofridas em janeiro nos EUA. Apesar de revertidas, o cenário incerto pode ter apressado o processo de entrada na América Latina.
“Os mais de 160 milhões de usuários combinados do Brasil e México oferecem uma alternativa atraente ao Shop, em nossa opinião”, diz no documento a instituição financeira.
A nível de categorias do varejo e e-commerce brasileiros, o estudo cita a possibilidade de mais efeitos para beleza e moda. Até por isso, mesmo representando uma certa concorrência, a outra ótica observada é que o TikTok Shop será também um canal a mais para marcas trabalharem em sua estratégia de vendas e divulgação.