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Shoppings na Flórida procuram por inquilinos ‘a prova da internet’

Por: Vivianne Vilela

Diretora de Conteúdo do E-Commerce Brasil

Vivianne Vilela atua como Diretora de Conteúdo, do E-Commerce Brasil há mais de 11 anos. É responsável pela curadoria dos eventos, dentre eles o Fórum E-Commerce Brasil (maior evento de e-commerce das Américas). Passou mais de 7 anos trabalhando em projetos nacionais para promover a inclusão, transformação e expansão no uso da tecnologia dos pequenos negócios no Brasil pelo Sebrae Nacional.

Em tempos em que muitos varejistas tradicionais estão reduzindo os tamanhos das respectivas lojas, corretores imobiliários americanos estão tentando preencher shoppings e centros comerciais com empresas que são “a prova da internet.”

O e-commerce representa apenas cerca de 7% de todas as vendas no varejo americano, de acordo com um relatório recente da empresa de locação de imóveis global JLL. Enquanto isso, playeres como a Amazon ficam cada vez maiores, agregando novas categorias e serviços para os clientes e parceiros.

O que são empresas a prova de internet na visão destes corretores? São empresas cujos serviços e experiências não podem ser replicadas online: salões de beleza, consultorios de médicos, dentistas, clínicas veterinárias, academias, restaurantes, spas, ginásio de esportes

Varejo na Florida

Então, promotores imobiliários estão procurando novos inquilinos não em concorrência directa com a Amazônia. Eles estão enchendo praças comerciais com os centros de cuidados urgentes e consultórios dentários, salões de beleza, academias e restaurantes, em vez de mais lojas de tijolo e argamassa, disse Ron Wheeler, presidente-executivo da Sembler Co., um Florida promotor imobiliário.

O tempo que abrir um novo shopping ou centro comercial demandava a presença das chamadas lojas âncoras para atrair clientes, já passou, segundo o International Council of Shopping Centres Florida Conference, em Orlando na semana passada. Os clientes estão dispostos a dirigir mais, até um centro comercial e ou shopping, desde que as experiências e serviços encontradas nestes espaços não possam ser replicadas online.

Mercearias e supermercados americanos estão mudando a forma de servir os clientes, na esperança de diminuir o uso de serviços como o Shipt, InstaCart e Amazon Prime, pois os americanos, cada vez mais, querem mais conveniência para comprarem a própria comida.

Alguns exemplos:

Lowe: rede de lojas focada em decoração e reformas está usando nas lojas físicas realidade virtual – Holoroom, onde os clientes podem personalizar banheiros, objetos de decoração para cozinhas e outros produtos antes de comprá-los e instalá-los em suas casas.

A rede de supermercados Whole Foods abriu lojas menores, chamadas de Whole Foods 365, que ofecerecem dentro do espaço: pizzarias, bar de vinhos para que os clientes possam jantar na loja e pegar outros itens antes de irem para casa. A Lucky Market, uma mercearia orgânica com sede na cidade de Tampa Bay permite que os clientes tomem um copo de vinha ou uma cerveja artesanal enquanto fazem suas compras. Ele disponibilizou um porta-copos nos carrinhos de compras.

Supermercado

A rede canadense de moda, Lululemon, focada em praticantes de Yoga, passou a disponibilizar em algumas lojas, na Flórida, aulas gratuitas para os clientes.

A rede de supermercados, Publix, passou a ter aulas de culinária e degustações de vinhos nas lojas.

Leia mais aqui: The Sidney Morning