O lucro líquido da Shein retraiu cerca de 40% em 2024. De acordo com reportagem do Financial Times, a partir do resultado negativo, o índice da companhia de origem chinesa ficou em US$ 1 bilhão. Segundo especialistas, por conta disso, a oferta pública inicial (IPO) na bolsa de Londres pode estar “ameaçada”.
O cenário de preocupação do mercado não diz, entretanto, tudo sobre a situação vivida pela varejista de moda. Segundo relatório interno, as vendas aumentaram 19% no ano passado, representando cerca de US$ 38 bilhões.
Segundo notícia publicada pelo Financial Times, apesar de não publicar projeções de lucros, a Shein previu, em 2023, lucro de US$ 4,8 bilhões e vendas de US$ 45 bilhões referentes ao ano passado. A companhia teria divulgados estes números aos investidores, mas não confirmou ou negou a informação ao jornal britânico.
A expectativa era que a Shein listasse seu nome da bolsa de valores da capital britânica em abril deste ano. No entanto, com os resultados divulgados e a tensão atual entre China e EUA, que pode resvalar em players asiáticos, é possível que a ação fique para o segundo semestre de 2025.
Cenário
A empresa chegou a ser avaliada em US$ 100 bilhões em 2022 e, depois, em 2023, na casa dos US$ 66 bilhões durante uma rodada de financiamento. Atualmente, para ter alguma chance de concluir o processo de IPO ainda no primeiro semestre, a empresa tem sido orientada a diminuir sua avaliação para US$ 30 bilhões.
No Brasil, a Shein tem um de seus principais mercados globalmente, com anúncio recente de expansão operacional no que está chamando de “terceira onda“. Por aqui, parte do sucesso, além dos preços mais baixos, também está atrelado à parceria da marca com influenciadoras digitais.
*Com informações do Financial Times