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Setor de farmácias precisa ter uma visão ampla da jornada de consumo para crescer, explica diretor da Drogarias Araújo

Por: Júlia Rondinelli

Editora-chefe da redação do E-Commerce Brasil

Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero e especialização em arte, literatura e filosofia pela PUC-RS. Atua no mercado digital desde 2018 com produção técnica de conteúdo e fomento à educação profissional do setor. Além do portal, é editora-chefe da revista E-Commerce Brasil.

Para André Giffoni, diretor de estratégia digital e cliente da Drogarias Araújo, maior rede de farmácias de Minas Gerais, a farmácia sempre teve um papel fundamental no cuidado das pessoas, sobretudo em cidades do interior em que ela é o caminho mais acessível para resolver questões mais amenas. Durante a pandemia de Covid-19, esse papel se expandiu e a farmácia passou ainda mais a se integrar como um agente da cadeia de saúdes. O executivo palestrou durante o Congresso Saúde e Farma.

André Giffoni, diretor de estratégia digital e cliente da Drogarias Araújo/Imagem: Carolina Guarti Fotografia

“Ter um norte verdadeiro diz muito sobre os valores da empresa e em quais princípios basear suas decisões estratégicas”, pontua o executivo.

Além disso, hoje as farmácias desempenham também um papel relevante na conveniência para o consumidor. Um sortimento amplo é mais estratégico do menor preço. Desde 1927 a rede Araújo já entregava à domicílio e realizava atendimentos médicos específicos. “É muito mais complexo do que simplesmente entregar uma caixinha de medicamento, pois há um diagnóstico, uma receita e um motivo por trás dessa necessidade”, explica Giffoni.

Mesmo diante de um consumidor que busca a farmácia por um problema de saúde, Giffoni aponta para a necessidade de aplicar uma boa experiência a partir da tecnologia, o que ainda é uma grande dificuldade no mercado, apesar dos grandes avanços. “O que o setor precisa é de uma visão ampla que integre todas as camadas de atendimento”.

Para ele é nítido que a tecnologia precisa facilitar a jornada de compra com a solução que elimine o menor número de fricções. Dentro da jornada digital da Araújo, existe um conceito de meta compartilhada, em que soma-se o faturamento do físico e do digital para valorização da cadeia.

Por fim, ele completa que há outros players de muita relevância para se considerar no Brasil, como o SUS e os planos de saúde. O consumidor é atendido por diversos canais, que não fazem parte da rede farmacêutica, antes de chegar no balcão. Integrações, mapeamento da jornada (que não é retilínea) e diversidade de tratamentos fazem parte desse tabuleiro de xadrez, expõe Giffoni.