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Reabertura do comércio atenua efeitos da crise no setor em SC

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

Após mais de 30 dias de isolamento social, a primeira semana de reabertura do comércio de rua em Santa Catarina sinalizou aos lojistas um pequeno recuo nas perdas em volume de vendas, segundo levantamento da Federação das CDLs de Santa Catarina (FCDL/SC).

O levantamento foi realizado entre 14 e 17 de abril, com 2.179 lojistas associados às CDLs, de diversos setores, como confecções, calçados, materiais de construção, serviços e indústria. Dos entrevistados 40,2% revelaram que tiveram perdas financeiras superiores a 50% — enquanto 31,5% registraram entre 21 a 50%.

“Embora distante do melhor cenário, o reencontro com os clientes já se mostra essencial para a nossa recuperação. A reaproximação com o consumidor garante às lojas melhor faturamento, em especial àquelas que recebem os pagamentos das prestações em carnês”, explica Ivan Tauffer, presidente da Federação das CDLs de Santa Catarina (FCDL/SC).

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Demissões e empréstimos

O levantamento indicou que 23,9% dos lojistas entrevistados já realizaram alguma demissão, em um total de 836 funcionários desligados durante o período de isolamento social.

Para 37,7% dos empresários consultados existe a previsão de reduzir ainda mais o número de empregados nos próximos 90 dias. “Os lojistas, em especial os de médio e pequeno porte, estão se sacrificando para evitar novas demissões”, informou Tauffer.

Em relação ao futuro de seus negócios, 40,5% estimam queda no faturamento entre R$ 10 mil a R$ 30 mil nos próximos três meses, enquanto 35,2% apontam entre R$ 30 e R$ 100 mil.

Na atual condição restritiva, 35,7% das empresas garantem se manter por mais três meses, enquanto 26,8% por apenas um mês. Do total de consultados, 81,6% acreditam que a economia voltará a crescer após o período de um ano e 59,7% indicaram que precisarão recorrer a empréstimos bancários para equilibrar suas contas.

Reabertura do comércio

De acordo com a federação, a reabertura vem garantindo ao comércio lojista uma recuperação razoável em relação ao faturamento. Além da movimentação dos consumidores na loja física, um dos fatores que contribui é a possibilidade do pagamento presencial do carnê, opção da preferência de boa parte dos clientes das lojas catarinenses.

Ainda segundo a FCDL/SC, nos dias de aplicação das medidas de confinamento social, o varejo catarinense registrou queda de 53,53% nas vendas a crédito no comparativo ao mesmo período do ano anterior. No entanto, na primeira semana de reabertura do comércio a retração foi menor, 9,48% — em relação à mesma época em 2019.

“Embora ainda distante, já conseguimos visualizar um horizonte mais promissor. Em maio, o Dias das Mães, uma das datas mais importantes do varejo no ano, trará resultados mais animadores nas vendas”, concluiu Tauffer.

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