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Patricia Amaro: "A tecnologia ajuda nas mudanças, mas é só um meio"

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

Com o aumento da demanda dos supermercados, também houve alteração na cadeia de abastecimento como um todo. Por isso, setores da indústria precisaram se reinventar durante a pandemia com uso da tecnologia. “Não tem sentido falar que o mundo está mudando porque ele já mudou. A Covid-19 acelerou tendências e movimentos que sabíamos que estavam acontecendo. Estamos em uma dinâmica que dificilmente voltará ao que era antes”, aposta Patrícia Amaro, Chief Digital Officer da Unilever Espanha.

Patricia Amaro, da Unilever Espanha, no Grocery&Drink

Segundo a executiva, que participou do Grocery&Drinks na quinta-feira (22), olhando para o cenário de 2020, é fácil identificar as empresas que olharam as tendências e se preparam de alguma maneira. “Na Espanha, a Amazon cresceu mais de 500% durante o lockdown. Os que viram algo muito longe da realidade se encontraram em situação complicada”, relata.

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Tecnologia para mudar

De acordo com a executiva, a tecnologia é fator fundamental para a digitalização das empresas, tão iminente em tempos de pandemia. “Sem dúvida a tecnologia proporciona as mudanças, mas ela é um meio. Um erro comum é quando colocam a tecnologia como fim ou solução. Ela é um meio de fazer as coisas que sempre fizemos”.

“Nós, humanos, continuamos com necessidades principais, como comida, segurança e relações. O que mudou foi a forma de fazer isso. Eu posso ter a tecnologia para preparar um alimento, por exemplo. Da mesma forma, as necessidades da indústria continuam as mesmas: vender e crescer. Se antes dependíamos de um mercadinho para abastecer a despensa, agora o e-commerce possibilita o abastecimento de forma mais eficiente”, pontua Amaro.

E é nesta linha de atender demandas de outras formas que a indústria precisa se adaptar aos novos modelos, segundo a executiva. “A Unilever tem uma plataforma separada focada em pequenos varejistas e prestação de serviço para outras indústrias menores. Com a evolução do modelo, surgiu a oportunidade de oferecer também um chatbot para dar suporte aos vendedores”, exemplifica.

Por Dinalva Fernandes, da redação do E-Commerce Brasil

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