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NO BRASIL, BLACK FRIDAY ENFRENTA SUA PRIMEIRA QUEDA DESDE O INÍCIO DAS PROMOÇÕES

Por: Giuliano Gonçalves

Jornalista do portal E-Commerce Brasil, possui formação em Produção Multimídia pelo SENAC e especialização em técnicas de SEO. Sua missão é espalhar conteúdos inspiradores.

De acordo com o NielsenIQ|Ebit, o faturamento bruto do e-commerce no país no último dia 25 de novembro foi 23% inferior em relação a 2021. Já para a Confi Neotrust / ClearSale, a Black Friday de 2022 teve queda de 28% quando comparado ao ano anterior. Para o Ebit, no entanto, o desempenho no acumulado do mês sofreu queda de apenas 1% quando comparado com os mesmos 25 dias de novembro de 2021.

Entre os principais motivos para a diminuição das compras nesta Black Friday, destaque para o cenário macroeconômico que o Brasil está enfrentando. Segundo a Neotrust, houve também uma redução no ticket médio e preço médio por parte dos consumidores online. Ainda assim, a empresa analisou um aumento das compras de itens por cestas: “algo próximo a 3 itens, que é 13,4% maior do que no último ano”, afirma.

E-commerce movimentou no mês da Black Friday cerca de R$ 16,5 bi

Do período da 0h da sexta-feira (25) até o final do dia, às 23h59, o e-commerce brasileiro movimentou cerca de R$3,1 bilhões em transações, com um ticket médio de R$733,07 — 5,9% menor do que em 2021, aponta a Neotrust.

O Ebit compreendeu um desafio no poder de compra ainda maior para as classes C e D. Porém, destaca resultados positivos em relação a porcentagem de pedidos, como no segmento de Alimentos e Bebidas. “Vimos uma alta de 13,8% na comparação entre os 25 dias de novembro de 2022 com o mesmo período em 2021”, afirma.

Assim como o Ebit, a Neotrust analisa o período de vendas de novembro com positividade. “Há uma variação de queda, mas bem menor do que vimos na Black Friday. O e-commerce faturou algo próximo a R$16,5 bilhões, cerca de 8,5% menor do que em 2021. A quantidade de pedidos ficou em 33 milhões, 7% a menos do que no último ano”.

Meios de pagamentos na Black Friday

No e-commerce, os meios de pagamentos analisados durante a sexta-feira de Black Friday, segundo a Neotrust, foram:

*Cartão de crédito (54,2%);

*E-wallet, cashback, débito (16,3%);

*Pix (15,7%);

*Boleto bancário (13,8%).

Vale lembrar que, no Mercado Livre, a utilização do Pix para pagamento na Black Friday representou 4 em cada 5 vendas à vista.

Categoria de produtos no acumulado de novembro

Quando analisadas ao longo dos 25 dias registrados em novembro, as categorias de produtos, segundo o Ebit, tiveram crescimento nas vendas em relação ao período no ano anterior. O grupo “Games”, por exemplo, teve a maior alta em faturamento bruto na comparação dos 25 dias de novembro de 2022 com o mesmo período em novembro de 2021, crescendo em 27,8%.

Em seguida, a pesquisadora destaca o segmento de Eletrônicos, com 9,5%, Casa e Decoração com 9%. e Alimentos e Bebidas com leve queda de 3,3%, em faturamento bruto, embora o número de pedidos tenha aumentado consideravelmente.

Quedas no dia da Black Friday

Em relação a queda do faturamento bruto no dia da Black Friday, a empresa revela que todas as categorias mencionadas acima sofreram quando comparadas ao evento de 2021. A redução ficou da seguinte forma:

*Eletrônicos (26,7%);

*Alimentos e Bebidas (22,1%)

*Casa e Decoração (10,5%)

*Games (0,7%).

Sobre a quantidade de pedidos, segundo a Neotrust, o número ficou em 33 milhões, 7% a menos do que no último ano.

Problemas da Black Friday relatados pelo Procon

Como observou o Procon-SP, problemas de logística, como atrasos e não entrega, foram os principais relatados por consumidores na Black Friday. Segundo o órgão, 697 reclamações relacionadas à Black Friday chegaram até o fim da tarde do dia 25/11. Nas redes sociais, foram registradas 190 consultas e orientações.

Atraso ou não entrega foi o problema com mais reclamações, com 232 queixas (33% do total). Entre os principais questionamentos também estavam:

*Produto ou serviço entregue diferente, incompleto ou com danos (82 queixas);

*Maquiagem de desconto, quando o desconto oferecido não é real (82 queixas);

*Produto ou serviço indisponível (70 casos);

*Mudança de preço ao finalizar a compra (66).