Para marcar o mês da mulher, a White Press divulgou o relatório internacional “O SEO Através dos Olhos das Mulheres”. O estudo traz diversos insights sobre a presença feminina no mercado de SEO, além de entrevistas e relatos com profissionais que trabalham nessa área.
De acordo com os dados levantados, o país com o maior número de mulheres atuando nessa área é a Grécia (59,6% mulheres e 40,4% homens). Para se ter uma ideia, o Brasil não aparece sequer no top 10 da lista.
Outro dado interessante é sobre os níveis hierárquicos que as mulheres ocupam: 41,5% atuam em cargos de especialista, 18% como manager, 17,5% como freelancer, 10,5% como proprietárias e apenas 12,5% como diretoras ou heads.

A Head de SEO da Web Estratégica, Beatriz Abrantes, foi uma das profissionais que participaram do estudo e acredita que a alta visibilidade que esse mercado dá para os homens é uma das causas para o baixo número de mulheres ocupando cargos de liderança.
Para Beatriz, grandes eventos da área ainda priorizam a participação de profissionais homens e há pouco espaço para mulheres se colocarem, contarem as suas histórias e participarem de maneira mais ativa nessas comunidades. O mesmo acontece em palestras e convites para podcasts, por exemplo.
Além disso, os números do relatório internacional apontaram as áreas favoritas das mulheres: mais de 46% gostam de trabalhar com conteúdo, 29,6% preferem SEO técnico e 23,7% com link building.
Um dado que chama a atenção é a quantidade de empresas que consideram empregar um número equivalente de homens e mulheres (24%), apesar das estatísticas apontarem o contrário.
Em 21% dos casos, as agências consideram o número de homens substancialmente mais elevado, 18% empregam um número de homens ligeiramente mais elevado e 18,5% contratam mais mulheres.
Na Web Estratégica, que está no mercado há mais de 12 anos, mais de 60% do time é formado por mulheres. Para Beatriz, esse dado é motivo de orgulho.
“Hoje, tenho muito orgulho de dizer que trabalho mais com mulheres do que com homens, porque é assim que me inspiro para ver profissionais incríveis crescendo em SEO e me inspirar a fazer melhor por elas”, afirma.
A empresa ainda é uma exceção, mas o estudo traz uma visão otimista para os próximos anos, com um mercado cada vez mais consciente e igualitário.
Para as mulheres, os principais pontos fortes do mercado de SEO são o constante desenvolvimento e evolução da área (25,7%), a possibilidade de atuar em tarefas variadas e interessantes (17,8%) e a aprendizagem contínua (15,2%).
No estudo, Beatriz conta que iniciou a sua carreira em SEO por curiosidade em entender como funciona a mente do usuário ao buscar por algo na internet, seja um produto, uma inspiração ou um serviço.
Mas ao relembrar o início da sua trajetória profissional, ela conta que a maioria das mulheres com quem cruzou nesse caminho não seguiram na carreira de SEO. Ela acredita que um dos principais motivos seja a falta de inspirações femininas para se espelhar na área, além da falta de inclusão das empresas.
Sobre o futuro da área, 75,9% delas acreditam que fatores comportamentais se tornarão cada vez mais importantes, 68,4% avaliam que SEO continuará crescendo, 50% apostam que SEO se tornará mais acessível, 40% acham que as menções nas redes sociais vão ser mais relevantes e 28,6% acreditam que SEO vai exigir mais investimentos.
O relatório internacional traz dados como esses e diversos outros que possibilitam ter um panorama do quanto a área de SEO já evoluiu em relação a isso e tudo o que ainda precisa evoluir para ser considerado um mercado com oportunidades iguais para homens e mulheres.
O estudo completo pode ser visto neste link.