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Mobile: no Brasil, 68% dos usuários digitais acessam a internet via dispositivos móveis

Por: Giuliano Gonçalves

Jornalista do portal E-Commerce Brasil, possui formação em Produção Multimídia pelo SENAC e especialização em técnicas de SEO. Sua missão é espalhar conteúdos inspiradores.

Uma análise da Comscore mostra que 68% dos usuários digitais brasileiros utilizam exclusivamente dispositivos móveis (celulares e tablets) para acessar a internet. Além disso, entre os meses de junho de 2022 e 2023, o número de visitantes únicos aumentou em 0,6% no país, totalizando 133 milhões — globalmente, esse aumento foi de 3%.

Foto de pessoas utilizando smartphones
Uso diário das redes sociais em dispositivos como celulares e tablets é de 51 minutos contra 2 minutos em desktop

No mundo, segundo o estudo, o mês de junho de 2023 teve um total de 1,7 bilhão de visitantes únicos no digital. Comparado ao mesmo período do ano anterior, esse número representa um crescimento de 3% da população digital mundial.

No Brasil, força das redes sociais está no mobile

Entre os insights do estudo, vale destacar as atividades relacionadas a mídia social, já definidas como mobile first. Em média, o uso diário das redes sociais em dispositivos como celulares e tablets é de 51 minutos contra 2 minutos em desktop. Além disso, o tempo gasto em redes sociais diversas é 32% maior do que em serviços de mensagens instantâneas.

No Brasil, segundo o estudo, o comportamento mobile-only predomina sobre os demais dispositivos, com 68% de uso

Uma das marcas mais evidenciadas nas redes sociais foi a Fenty Beauty, da cantora Rihanna. Após o anúncio de seu show no Half Time do Superbowl, houve um impacto de 5,5 milhões de ações no Facebook, Twitter, Instagram e TikTok mencionando o programa.

Em 66% do tempo total gasto em mídias sociais, o tempo aplicado em sites de redes sociais é 32% maior do que em serviços de mensagens instantâneas

“As redes sociais desempenham um papel essencial no aprimoramento de campanhas de marketing”, analisa Ingrid Veronesi, diretora sênior da Comscore para o Brasil. Segundo a executiva, vale inclusive assumir alguns riscos nas estratégias. Neste caso, ela destaca um vídeo de 10 minutos do grupo Hilton no TikTok. Apesar de a ser rede conhecida por seus vídeos curtos, o conteúdo longo teve 86x mais views do que a média da marca na plataforma.

Hábitos de consumo

O consumo de conteúdo no digital tem mudado a dinâmica entre marcas e consumidores. Além de ter um impacto econômico significativo, essa transformação requer estratégias diferenciadas de engajamento. Quando analisado o varejo brasileiro, o mobile commerce tem alcance de 89%, à frente inclusive do desktop, com 63% de uso.

Conteúdos relacionados a varejo e serviços financeiros são majoritariamente consumidos via mobile

Em âmbito global, os usuários preferem o desktop para assuntos de navegação e pesquisa, utilizando o mobile para consumir conteúdos relacionados a serviços financeiros. No Brasil, porém, o desktop tem força em relação ao consumo de conteúdos informativos e notícias.

Vale reforçar que, localmente, as categorias de entretenimento e redes sociais alcançam mais de 90% em ambas as plataformas (desktop e mobile).

Marcas digitais de destaques pelo mundo

Ao redor do mundo, as marcas indianas estão entre os destaques globais de crescimento. JioCinema, Paytm e EaseMyTrip cresceram significativamente em suas categorias (entretenimento, serviços financeiros e viagem, respectivamente). No disputado setor de vídeos, o aplicativo Moj teve um aumento ano após ano de 329 milhões de horas visualizadas no mobile.

Entre todos os setores, a varejista chinesa TEMU se destaca como a de maior crescimento, com 147 milhões de usuários únicos. Já no streaming, a Twich é a marca que mais cresce no setor de gaming (jogos) globalmente — com mais de 116 milhões de usuários únicos ano após ano. E no mesmo período, em social media, o maior crescimento (de mais de 59 milhões de usuários únicos) foi da plataforma Google Messages.

No Brasil, o Google Sites ainda lidera o mercado de notícias e pesquisa em todas as faixas etárias e em ambos os sexos — seguido de perto pela Meta. Já o UOL tem também um alcance significativo, com uma leve vantagem na faixa dos 35+ e no sexo feminino.

O ano da inteligência artificial

O termo “inteligência artificial” se destacou como palavra-chave em tendência em janeiro de 2023. Muito disso é resultado da ferramenta ChatGPT, líder em conversas ao redor do mundo sobre essa tecnologia.

Sua relevância se tornou notável nas redes sociais no início do ano, registrando 9,2 milhões de interações nas redes. A empresa OpenAI, dona da plataforma, também se destacou com 1,2 milhões de interações no total.

O levantamento completo pode ser baixado aqui.