A adoção da inteligência artificial (IA) generativa avançou significativamente entre empresas brasileiras em 2024. De acordo com a 4ª edição da pesquisa da Bain & Company sobre o tema, 67% das companhias no país já consideram a tecnologia uma das cinco prioridades estratégicas – em 17% delas, ela ocupa o topo da agenda de investimentos.

O estudo revela também que 25% das empresas no Brasil já contam com ao menos um caso de uso implementado em IA, mais que o dobro registrado no ano anterior (12%). Entre os principais impactos observados, destacam-se o aumento de 14% na produtividade e um crescimento de 9% nos resultados financeiros das empresas que adotam a tecnologia.
Apesar do avanço, a expansão da IA generativa ainda encontra barreiras. Questões como infraestrutura tecnológica e escassez de profissionais especializados foram citadas por 39% dos entrevistados como os maiores desafios à implementação. As áreas que mais concentram aplicações são produtividade, desenvolvimento de software, finanças e marketing.

Segundo Lucas Brossi, sócio da Bain & Company, a tecnologia tem evoluído rapidamente tanto em capacidade quanto em aplicação. “Estamos entrando em uma nova fase da IA generativa, com agentes inteligentes capazes de executar múltiplas etapas para alcançar objetivos, o que chamamos de Agentic AI”, afirmou.
Outro fator que tem acelerado a disseminação da tecnologia é a redução nos custos dos modelos de linguagem de grande porte (LLMs). A precificação, de acordo com a Bain, caiu cerca de 95% desde 2022.
Esse movimento, portanto, facilita o acesso a soluções mais avançadas e ampliam o uso no dia a dia. Atualmente, 62% dos brasileiros dizem estar familiarizados com ferramentas de IA, além de 17% utilizando-as com frequência.

Por fim, a pesquisa aponta também que organizações que incorporam a IA generativa de forma estratégica tendem a ganhar vantagem competitiva. Isso porque, a partir disso, lideram um movimento de redesenho de processos e exploração de oportunidades de negócio.