Hoje comemoramos os 13 anos da realização do primeiro Fórum E-Commerce Brasil, que aconteceu pela primeira vez no dia 7 de agosto de 2010. Naquela ocasião, o evento reuniu cerca de 700 pessoas, com 14 patrocinadores e 14 lounges de negócios.
Interessante lembrar que, naquele ano, os auditórios de conteúdos carregavam nomes em homenagem aos grandes representantes do e-commerce. O Auditório Frank MacNamara, por exemplo, foi reservado a conteúdos avançados de palestrantes que eram referência mundiais do segmento.
Já no Auditório Jeff Bezos, o evento contou com apresentações de patrocinadores e fornecedores de e-commerce, que envolviam produtos de logística, segurança, meios de pagamento, plataformas e tudo o mais que havia naquele momento.
Com a palavra, o fundador
Para Tiago Baeta, fundador do E-Commerce Brasil, o evento passou por profundas mudanças ao longo desses anos. “No lançamento do encontro em 2010, cerca de 700 participantes acompanharam o Fórum. Na edição de 2023, esse número saltou para 21.500. O mesmo valeu para as empresas patrocinadoras, que foram de 14 para 240, e as áreas de conteúdo, de 2 para 27 simultâneas”.
Mesmo com toda essa evolução, mudança nos números e do mercado em si, Baeta entende que a essência do evento permanece. “O setor continua sendo colaborativo, com um senso de colaboração e comunidade totalmente diferente dos outros mercados. Mudou todo o setor de varejo, indústria e serviços, sempre colocando a experiência do cliente no centro, e com uma previsão pra lá de otimista para os próximos anos”, completa.
Um evento inesquecível para quem estava lá
Quem acompanha os eventos do E-Commerce Brasil conhece bem o Leandro Alves, consultor, professor e membro do Conselho de Conteúdo do E-Commerce Brasil. Se hoje ele tem toda essa bagagem de conteúdo, parte é fruto dos aprendizados que recebeu no Fórum. “O Fórum é um evento que está dentro do coração”, conta.
Vale destacar que Leandro acompanha o Fórum desde a sua primeira edição, em 2010: “estive lá como congressista, depois como palestrante e nos últimos anos como apresentador e membro do Conselho de Conteúdo. É muito ver o tamanho que o Fórum está e os inúmeros casos de negócios criados e alavancados por pessoas que participam desse evento. Parabéns ao Baeta pela idealização e todo o time que o acompanha”, vibrou o executivo.
Quem também viu a primeira edição de pertinho foi Cynthia de Menezes, gerente Sênior de Marketing Digital da Sanofi Consumer Healthcare. “Eu estive no Fórum E-Commerce Brasil de 2010 e fui em quase todas as suas 13 edições. Para mim é, sem dúvida, o melhor evento nacional sobre e-commerce, com altíssima qualidade no conteúdo, palestras de grandes colegas do mercado e impecável organização”.
Além do vínculo profissional que tem com o Fórum por ser da “velha guarda” do e-commerce nacional, Cynthia afirma que tem a sua vida pessoal também atrelada ao ecossistema. “Já escrevi matérias para a revista, participei de podcast, palestrei, participei do Fórum solteira e casada, grávida e amamentando, trabalhando para a indústria e para o varejo… Mas sempre, em todas as edições, saio já com saudades, aguardando pela próxima edição”, agradeceu.
Como estava o e-commerce em 2010
No mesmo ano, a Amazon deu início às suas operações de venda online na Itália, expandindo seu alcance global. Além disso, a empresa conquistou o reconhecimento como a maior fonte de opiniões de consumidores na internet, consolidando ainda mais sua reputação como uma plataforma confiável e influente no cenário do comércio eletrônico.
Foi nesse período que a Magazine Luiza expandiu sua atuação no nordeste do Brasil, comprando a cadeia nordestina “Lojas Maia”, rede de lojas de eletrodomésticos, móveis e artigos para presentes em geral com sede em João Pessoa (tinha cerca de 150 unidades espalhadas pela região).
O Mercado Livre já era a maior plataforma de e-commerce da América Latina, com mais de 10 milhões de usuários ativos no Brasil. O site oferecia uma ampla variedade de produtos, incluindo livros, eletrônicos, roupas, móveis e eletrodomésticos. Foi neste ano que o marketplace teve um grande crescimento no país, principalmente pela maior penetração da internet.
Números que brilharam em 2010
De acordo com a 23ª pesquisa WebShoppers, em 2010 o e-commerce faturava R$ 14,8 bilhões, o que representava um aumento de cerca de 40% em relação ao resultado de 2009. No mesmo período, aliás, a compra coletiva era um fenômeno no Brasil (havia cerca de 1.200 sites do tipo no país, cujos descontos chegavam a 70% nos produtos).
A categoria dos eletrodomésticos estava em alta, e a copa do mundo teve um papel relevante na impulsão dos números de venda online em 2010, principalmente pela venda de televisores. Esse período e seus números demonstraram o considerável aumento da confiança dos consumidores brasileiros nesse tipo de comércio.
As vendas online para o Dia dos Pais atingiram R$520 milhões em 2010, com um tíquete médio de R$363. Somente no ano passado, segundo levantamento da Neotrust, a data gerou R$ 5,9 bilhões no faturamento do e-commerce, com tíquete médio de 425,32.
Especialistas do Fórum E-Commerce Brasil 2010
Entre os palestrantes do primeiro Fórum E-Commerce Brasil, estavam: Stelleo Tolda, presidente do Mercado Livre, Rodrigo Vale, do Google Brasil, e Jinesh Varia, da Amazom.
Em 2010, aliás, Tolda foi promovido a CEO do Mercado Livre e, rapidamente, o marketplace expandiu para mais de 150 milhões de usuários ativos em 18 países. Quem visitou o Fórum em 2023 teve o prazer de assistir a uma aula de empreendedorismo online do executivo.
Rodrigo Vale também foi escolhido a dedo para palestrar no evento. Para ter uma ideia do potencial do executivo, ele desenvolveu no Google Brasil o mercado de Web Analytics por meio de capacitação de parceiros e desenvolvimento de canais de vendas.
Fechando esse trio de conhecimento, Jinesh Varia doou sua experiência de evangelista de Tecnologia e Estrategista que obteve na Amazon Web Services — trabalhou na empresa de Seattle por 10 anos.
O que o Fórum E-Commerce Brasil ajudou a construir
Nos últimos anos, o e-commerce brasileiro tem crescido a uma taxa média de 20% ao ano. Em 2022, o setor movimentou R$ 161 bilhões. Já em 2023, segundo o Scape Report, houve uma entrada de mais de 1.150 empresas do ecossistema de e-commerce, um crescimento de 7% com relação ao estudo do ano passado, que possuía 1030 empresas.
Neste mapeamento, as empresas foram agrupadas em 9 categorias distintas, sendo: Implementação & Plataformas de E-Commerce (245), Marketplaces (54), Marketing/Vendas (300), Pagamentos (92), Atendimento (79), Logística (142), Gestão (159), Suporte (48), Segurança (30).
Em seguida, essas mesmas categorias foram divididas em outras 37 subcategorizações. O grupo de Marketing/Vendas, por sua vez, é a área que contempla o maior número de subcategorias (8), entre elas, o “planeta” de maior destaque é o de Agências de Marketing Digital/Performance (122 empresas).
Em outra análise, as maiores variações médias de categoria foram: crescimento de 15% na categoria Implementação & Plataformas de E-Commerce, 14% na de Pagamentos e 12% na de Marketing e Vendas. Outros dados do Scape Report E-Commerce Brasil podem ser baixados aqui.