O comércio eletrônico brasileiro deve registrar faturamento de R$ 26,82 bilhões no período de Natal de 2025, segundo projeção da Associação Brasileira de Inteligência Artificial e E-commerce (ABIACOM). O valor representa alta de 14,95% em relação ao ano passado, quando o setor movimentou R$ 23,33 bilhões. A estimativa considera as vendas realizadas entre a semana da Black Friday e 25 de dezembro.

O levantamento aponta que o incremento nas vendas deve atingir R$ 9,76 bilhões, acima dos R$ 8,56 bilhões registrados em 2024. O número de pedidos também deve crescer, chegando a 38,28 milhões, frente aos 36,48 milhões do último Natal.
O tíquete médio estimado é de R$ 700,70, avanço em relação aos R$ 639,60 do ano anterior. Somando as vendas digitais e físicas, a previsão é atingir R$ 84,9 de faturamento, segundo a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).
Para o presidente da ABIACOM, Fernando Mansano, o desempenho reforça o Natal como o período mais relevante do varejo digital. Ele afirma que o aumento no faturamento e no tíquete médio indica maior confiança do consumidor e disposição para investir em presentes e experiências.
Segundo a associação, o cenário é favorecido por fatores como recuperação econômica, ampliação do acesso ao crédito e adoção de tecnologias que otimizam atendimento e operações de venda. Estratégias omnicanal e uma logística mais ágil também devem contribuir para garantir entregas rápidas mesmo durante o pico de demanda.
Entre os segmentos com maior expectativa de procura estão moda e acessórios, brinquedos, eletrônicos, produtos de beleza e itens de decoração. A ABIACOM recomenda que varejistas apostem em campanhas personalizadas, experiências interativas e bom atendimento pós-venda para fortalecer o relacionamento com clientes em um período de alta movimentação.
Mansano avalia que o Natal é uma oportunidade para as marcas ampliarem vínculos com o consumidor. Segundo ele, empresas que combinarem tecnologia e abordagem humanizada terão vantagem competitiva no final do ano.