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Diretor da Nvidia: "Brasil pode se tornar uma potência em Inteligência Artificial"

Por: Giuliano Gonçalves

Jornalista do portal E-Commerce Brasil, possui formação em Produção Multimídia pelo SENAC e especialização em técnicas de SEO. Sua missão é espalhar conteúdos inspiradores.

Marcio Aguiar, Diretor Executivo de Vendas Corporativas para América Latina da Nvidia, compartilhou insights interessantes sobre a corrida dos chips de Inteligência Artificial (IA) durante o Web Summit Rio 2024.

Para conceituar os mais de 30 anos de história da companhia, o executivo enfatizou o papel pioneiro da Nvidia no desenvolvimento de tecnologias de IA, o que gerou uma responsabilidade significativa para liderar o caminho nesse campo.

Foto: Divulgação via Valor Econômico

“Coompetição” entre empresas

Lembrou, por exemplo, da importância de não apenas competir por participação de mercado, mas também de abrir novos mercados — citou entre as principais frentes os ramos de farmácia e robótica. “É imprescindível que haja a colaboração entre empresas e a crescente importância da indústria bioinformática”.

A cooperação entre empresas concorrentes, citada pelo especialista como “coompetição”, foi destacada como uma estratégia essencial da Nvidia. Aguiar observou que gigantes da tecnologia, como Google, Amazon e Microsoft, estão desenvolvendo seus próprios chips de IA, mas a Nvidia continua comprometida em fornecer tecnologia acessível para todos os pesquisadores.

Otimismo em relação aos investimentos no Brasil

Quanto ao Brasil, Aguiar mencionou a necessidade de parcerias em IA e citou o estado de Goiás como líder em desenvolvimento nesse campo. Por lá, o Senac Goiás lançará o primeiro curso técnico de IA do Brasil. “Sou muito otimista sobre a possibilidade de o Brasil se tornar uma potência em IA. É preciso urgentemente haver um investimento em infraestrutura e talentos locais para impulsionar a inovação”, disse.

No Brasil, segundo pesquisa da PwC, 70% dos CEOs brasileiros do setor de Consumo e Varejo já notam que a inteligência artificial exigirá habilidades de suas empresas para se manterem competitivas. “Espero que nos próximos anos haja um supercomputador trabalhando a favor do país, para não precisar enviar os talentos nacionais para fora”.

Quando questionado sobre o impacto das relações entre China e EUA e, por consequência, à Nvidia na América Latina, o executivo assegurou: “Estamos em conformidade com as políticas dos Estados Unidos, e isso não é um problema para os demais países. Além disso, devo lembrar que o Brasil é visto como um exemplo na América Latina”.

Por fim, Aguiar enfatizou que a tecnologia veio pra ficar, e que a IA está só começando. “Ainda há muito o que ser feito no cenário da IA Generativa e vamos focar em outras IAs que já estão disponíveis. Existe um mercado imenso no Brasil, e quem estiver disposto a abraçar isso o quanto antes estarão na liderança”.

O Web Summit Rio está em sua segunda edição e acontece no Riocentro até 18 de abril. Para 2024, são esperados cerca de 30 mil visitantes, contando também com mais de 600 investidores e 1 mil startups.