O Tesouro Nacional recusou a proposta apresentada por um consórcio de bancos para conceder um empréstimo de R$ 20 bilhões aos Correios, considerada essencial para o plano de reestruturação da estatal.

A decisão foi tomada na última terça-feira (2), após a equipe econômica avaliar que a taxa de juros de 136% do CDI pedida pelos bancos está acima do limite aceito pelo governo para operações com garantia da União.
Cenário
Hoje, o Tesouro trabalha com teto de 120% do CDI para esse tipo de crédito. Como a União atua como garantidora, o risco de inadimplência é considerado muito baixo, motivo pelo qual o governo espera condições mais vantajosas. Para o Tesouro, a taxa proposta não condiz com o nível de segurança da operação.
O financiamento integra o esforço para conter a deterioração financeira dos Correios, que registraram prejuízo de R$ 6,1 bilhões entre janeiro e setembro de 2025. O valor representa mais que o dobro das perdas registradas em 2024, quando o rombo fechou em R$ 2,6 bilhões.
Com a recusa, a estatal deve enviar uma contraproposta aos bancos enquanto segue discutindo alternativas de liquidez com o Ministério da Fazenda e outras pastas. Segundo informações do Poder360, a Diretoria Executiva dos Correios afirmou que o trabalho conjunto com o governo continua na busca por opções que garantam fôlego imediato às operações.