Os Correios dos EUA anunciaram que voltariam a aceitar pacotes da China apenas um dia após anunciar a suspensão do serviço, enquanto o operador estatal luta para responder às tarifas do presidente do país, Donald Trump, contra Pequim.

Juntamente com o pacote de tarifas que entrou em vigor na terça-feira (4), a administração Trump eliminou as regras que isentavam remessas de até US$ 800 em valor de taxas de importação. O serviço postal não deu uma razão para a suspensão na terça-feira (4), mas na quarta (5) disse que aceitaria as correspondências e pacotes internacionais provenientes da China e Hong Kong.
O fim das regras de isenção, que beneficiavam grandes grupos de comércio eletrônico chineses, incluindo Temu e Shein, significa que os agentes alfandegários agora precisam verificar e liberar formalmente o conteúdo dos pacotes enviados da China.
Terceiro recuo dos EUA
A reviravolta de postura dos Correios marca o terceiro recuo desta semana de medidas implementadas pelos EUA. O país já voltou atrás em decisões referentes às tarifas sobre Canadá e México.
As tarifas de 25% sobre produtos dos dois países foram anunciadas no sábado (1º), assim como as tarifas de 10% sobre a China. No início da semana, no entanto, o presidente americano conversou com a presidente do México, Claudia Sheinbaum, e com o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, e suspendeu as tarifas sobre os países por um mês.
A suspensão foi concedida diante da promessa dos países vizinhos em reforçar a segurança nas fronteiras com os EUA. Medidas prometidas por Canadá e México incluem envio de mais soldados e recursos para combater o tráfico de drogas, em especial de fentanil, e a entrada de imigrantes ilegais.