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Comércio eletrônico responde por 2,6% do varejo em São Paulo

Por: Eduardo Mustafa

Graduado em 'Comunicação Social - Jornalismo' com experiência em negócios, comunicação, marketing e comércio eletrônico e pós-graduado em 'Jornalismo Esportivo e Gestão de Negócios'. Foi editor do portal E-Commerce Brasil, do Grupo iMasters (2015 /2016), e atualmente é executivo sênior de contas na Gume

Até o mês de agosto, o faturamento real do varejo eletrônico no estado de São Paulo apresentou alta de apenas 1% na comparação com o mesmo período do ano passado. No comparativo do mesmo período de 2014 em relação a 2013, a alta havia sido de 17,9%, revela estudo da FecomercioSP, em parceria com a E-bit.

O levantamento projeta que o varejo paulista faturou cerca de R$ 350 bilhões entre janeiro e agosto de 2015, sendo que o e-commerce representou 2,6% do total, o que caracteriza um faturamento real de R$ 9 bilhões. No período, foram efetuados 25,1 milhões de pedidos, com ticket médio de R$ 359 em todo o Estado de São Paulo.

Segundo ainda a FecomercioSP, o comércio eletrônico ainda ganha espaço por causa da mudança de comportamento do consumidor, mas também já sente os efeitos da inflação elevada, dos juros altos, da escassez de crédito e do aumento do desemprego. Além disso, as vendas no e-commerce estão mais concentradas em itens de setores duráveis (eletrodomésticos e eletrônicos, por exemplo) e semiduráveis (vestuários e calçados), os mais afetados pela retração econômica.

Das 16 regiões analisadas, há uma nítida diferença entre o perfil de compras do interior e da região metropolitana. Os maiores tickets médios estão nas regiões de Ribeirão Preto (R$ 393) e Araçatuba (R$ 393), enquanto São Paulo (R$ 341) e Guarulhos (R$ 344) são as regiões com menores gastos por pedido. De acordo com os responsáveis pela pesquisa, uma possível explicação para o resultado é que o e-commerce na região metropolitana está mais difundido para compra de itens de menor valor, como vestuário, por exemplo.

Com relação à participação do e-commerce no varejo total, apenas três regiões apresentaram estabilidade ou queda no comparativo com 2014: no ABCD, passou de 3,7% para 2,9%; em Guarulhos registrou 2,4%, ante 2,5% em 2014; e em Osasco manteve-se em 1,8%. Para a FecomercioSP, a maior oferta de produtos na região metropolitana, a logística e, consequentemente, a maior concorrência e promoções das lojas físicas podem explicar, em parte, os resultados.

Embora os dados de faturamento do varejo paulista de agosto ainda sejam uma prévia, a participação do faturamento real do comércio eletrônico passou de 2,5% em julho para 2,3%. Trata-se da menor participação já observada desde o início do ano e da primeira vez que o indicador apresenta queda na comparação com o mesmo mês do ano anterior.

O comércio varejista total, segundo dados projetados da PCCV, deve ter atingido um faturamento real de R$ 44,4 bilhões, enquanto o comércio eletrônico acusou faturamento de R$ 1 bilhão. Com ticket médio de R$ 370,9 no mês, foram realizados 2.783.372 pedidos – o menor valor deste ano. Na comparação entre agosto de 2015 frente ao mesmo mês do ano anterior, nota-se um recuo de 10,1% do faturamento do comércio eletrônico no estado.

Fonte: Convergência Digital