Briga entre Magalu e Via na internet escancara prática do “bidou”
Quem nunca fez uma busca na internet por um produto ou empresa e viu como primeiro resultado da pesquisa uma companhia concorrente ou um item similar? É isso o que está por trás da guerra judicial entre o Magazine Luiza e a Via, dona de marcas como Casas Bahia. Disputas como esta existem desde que a rede passou a ser também um espaço publicitário, segundo o diretor-geral no Brasil da AdPolice, Daniel Filla, mas tendem a “explodir” nos próximos anos.
Há algumas formas de se “parasitar” uma marca nas redes. O infrator pode cometer uma fraude visível, só de palavra-chave, ou uma mescla desses dois atos. O chamado branding bidding já foi aportuguesado pelo vocabulário do mercado de publicidade. “Alguém bidou minha marca”, é a expressão usada. O termo é geralmente utilizado quando se faz uma busca por determinada empresa na internet e o primeiro resultado que emerge é o de uma competidora. É considerado menos grave, mas com a maior ocorrência de ilícitos. Outro, considerado mais grave, é quando há uma clara fraude por meio de texto e imagem. É o “sequestro de anúncio”, mais conhecido pelo termo em inglês Ad Hijacking.
Quando uma má conduta da concorrência é descoberta, a primeira ação é evitar o enfrentamento, alerta Filla. Ele recomenda comunicar o buscador – empresas como Google, Bing e Yahoo.