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Brasil: como o Pix influenciou os pagamentos digitais

Por: Lucas Kina

Jornalista e repórter do E-Commerce Brasil

A aceitação de pagamentos digitais está se tornando uma aposta de mesa em todo o mundo, à medida que os consumidores continuam a mudar muitos aspectos de suas vidas online, e a América Latina não é exceção. O valor das transações do comércio digital na região ultrapassou US$ 100 bilhões em 2019, e esse valor deve disparar 73% até 2025. Os pagamentos digitais são parte integrante do comércio eletrônico, e a demanda por transações eletrônicas está aumentando em conjunto com o crescimento de banco eletrônico e varejo.

O Brasil está liderando o aumento de pagamentos digitais na América Latina devido à sua considerável penetração digital em outros serviços financeiros. Enquanto aproximadamente 90% dos clientes bancários na América Latina utilizam alguma forma de banco digital, o Brasil detém o primeiro lugar com 98% dos consumidores bancários, seguido pelo México com 94%.

O governo brasileiro está promovendo esse impulso digital por meio do Pix, a plataforma de pagamentos instantâneos desenvolvida pelo Banco Central do Brasil. Tem sido um sucesso marcante desde sua introdução no final de 2020, com seis em cada 10 brasileiros usando -o regularmente.

E a América Latina?

Uma das tendências que mais cresce na esfera financeira é o open banking, que oferece aos consumidores o controle de seus dados financeiros e impede que os bancos bloqueiem as movimentações de dinheiro entre outros serviços financeiros. Um estudo global recente descobriu que 79% dos brasileiros adotam o open banking, muito à frente de outros países. Apenas 51% dos americanos acham que o open banking é um desenvolvimento positivo, por exemplo, com 60% dos franceses, 57% dos alemães e 54% dos britânicos dizendo que é uma tendência totalmente negativa.

As FinTechs estão ganhando terreno rapidamente no Brasil, e o governo está tomando medidas para garantir que suas leis reflitam o novo normal. O Banco Central do Brasil divulgou recentemente regulamentações mais rígidas para as FinTechs, que colocariam as FinTechs sob as mesmas regras de outras instituições financeiras (IFs) e facilitariam a entrada de novos players no mercado. O emissor do cartão de crédito Nubank, a empresa de pagamentos PagSeguro e a carteira digital PicPay são as maiores empresas que provavelmente serão afetadas. Espera-se que o novo regulamento comece em janeiro de 2023, com o lançamento finalizado em 2025.

O Brasil consolidou seu lugar como líder de pagamentos na América Latina por meio de sua moeda centralizada, Pix, mas foi um caminho difícil para a transição de uma economia de pagamentos mistos para uma economia digital. O país ainda enfrenta problemas de fraude proeminentes.

Brasil e Pix: modelos de inovação

Os pagamentos digitais estão se tornando mais populares em todo o mundo, especialmente porque o número de indivíduos bancários continua a crescer e o banco digital se torna a principal maneira de os indivíduos interagirem com suas IFs. O Brasil, em particular, tornou-se líder em pagamentos digitais, graças em grande parte à sua plataforma de pagamentos instantâneos, Pix, que mais da metade dos consumidores do país já usa.

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Fonte: PYMNTS