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Open Banking, Pix e Buy Now Pay Later: como eles mudam o cenário de pagamentos

Por: Henrique Weaver

Co-Founder e CEO da Pagaleve. Com background em empresas como Coca-Cola e a consultoria McKinsey, o executivo foi também CEO da startup indiana de hotelaria OYO, que já ocupou a posição de maior rede de hotéis do Brasil, além de ter sido um dos executivos líderes da Uber no Brasil. Acostumado com o ambiente de start-ups de alto crescimento, Henrique é Administrador pela Universidade de Brasília, e MBA pela Universidade da California.

Os novos rumos que os meios de pagamento têm tomado estão fortemente atrelados às novidades que surgem tanto no Banco Central quanto no mercado financeiro, de forma mais geral.

Após o lançamento do Pix (em novembro de 2020), tudo o que se relaciona a pagamentos foi revolucionado de uma forma bastante rápida. E os brasileiros abraçaram essa tendência, já que se trata de uma forma de pagamento mais ágil e praticamente sem burocracia.

Logo em janeiro de 2021, o diretor executivo de Inovação, Produtos e Serviços Bancários da FEBRABAN, Leandro Vilain, já avaliava o sucesso do Pix. Segundo ele, “a estreia do Pix foi um sucesso. O sistema respondeu com absoluta estabilidade, dentro do que foi planejado. A surpresa foram os volumes de transações, entre R$ 5 bilhões e R$ 6 bilhões, na média diária”.

Além disso, o Banco Central vem trazendo ao público nacional e sedento por novidades, por etapas, o Open Banking. Trata-se de um sistema que cria novos modelos de negócios com o uso de APIs (interface de programação de aplicações).

Isso permite aos clientes compartilharem o acesso aos seus dados financeiros com terceiros. Quem tiver acesso a esses dados pode oferecer aos consumidores produtos e serviços financeiros que sejam cada vez mais personalizados a cada tipo de consumidor.

Qual a relação do Pix e do Open Banking?

Tudo se resume a facilitar a vida das pessoas e dar mais autonomia para os consumidores. O Pix traz mais agilidade e comodidade para o setor de pagamento ao estimular o consumo e a otimização do sistema financeiro.

Ao passo que o Open Banking procura trazer a liberdade aos consumidores, que terão total autonomia sobre seus dados pessoais e bancários. Com esse recurso, eles podem escolher produtos financeiros de acordo com suas realidades e necessidades.

Pix garantido como próxima agenda do Banco Central

Além dessas duas funcionalidades, o Banco Central ainda prevê para 2022 o Pix Garantido, um recurso que vai permitir que os pagamentos sejam parcelados e agendados por meio do Pix. Quem recebe a transferência fica sabendo do agendamento dos pagamentos, e irá receber automaticamente as parcelas mensalmente.

Para o público final, essa possibilidade de parcelamento via Pix se mostra como uma grande novidade. Mas, os varejistas, principalmente os que possuem e-commerce, sabem que a opção de pagamento via Pix parcelado já é uma realidade.

O parcelamento via Pix, oferecido por algumas empresas em solo nacional, traz inúmeros benefícios para os comerciantes, como:

  • Aumento do ticket médio;
  • Maior taxa de conversão;
  • Aumento na fidelização de clientes;
  • Sem juros;
  • Sem a necessidade de um cartão de crédito.

Além disso, e-commerces que aderem a essa nova forma de pagamento se mostram antenados às novidades do mercado, assim como com as demandas do público, uma vez que o Pix é uma tendência forte entre as gerações mais jovens, que hoje compram massivamente online.

Vale destacar ainda que essa modalidade, o parcelamento em Pix, é o verdadeiro Buy Now Pay Later (compre agora, pague depois).

Como se preparar para atender bem esse público cada vez mais exigente com meios de pagamento?

Então, se as formas de o consumidor lidar (e ter mais acesso) com diferentes formas de pagamento estão crescendo, significa que seu poder de compra está se expandindo. Mesmo que sua renda não esteja crescendo, se há formas mais acessíveis de realizar compras, a tendência é que as pessoas comprem mais.

Isso quer dizer que tanto o varejo físico quanto online estão sendo impactados por essas transformações. E vocês já sabem, quem não consegue surfar nas tendências do varejo acaba morrendo na praia.

Por isso, é importante acompanhar as inovações, não apenas do Banco Central, mas também de empresas que oferecem meios de pagamento diferenciados. Como disse anteriormente, o Pix parcelado já é uma funcionalidade vigente no Brasil. Portanto, busque uma empresa que ofereça esse serviço para o seu e-commerce e veja como seu ticket médio, suas conversões e fidelização vão aumentar significativamente.

Leia também: APIs de pagamento: quais os benefícios para o e-commerce?