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Assinaturas: brasileiro deve gastar mais até 2030; streaming lidera

Por: Lucas Kina

Jornalista e produtor de Podcasts no E-Commerce Brasil

O consumo recorrente segue em expansão no Brasil. Um levantamento realizado pela Vindi em parceria com o Opinion Box mostra que 48% dos consumidores pretendem aumentar seus gastos com serviços de assinatura até 2030. O comportamento mostra como o modelo de consumo já integra o orçamento doméstico.

Assinaturas brasileiro deve gastar mais até 2030; streaming lidera
(Imagem: Envato)

Somente no último ano, 35% dos entrevistados já ampliaram esse tipo de despesa, que engloba streaming, academias, planos de saúde, gás e seguros, entre outros. Para 2025, 26% afirmam ter a intenção de elevar os gastos, três pontos percentuais acima do registrado em 2024.

O estudo revela ainda que 56% dos brasileiros destinam entre R$ 51 e R$ 200 mensais às assinaturas.

Streaming e novos serviços

O streaming segue como principal destino do consumo recorrente, com 69% de adesão, mas cresce a procura por academias, serviços em nuvem e programas de fidelidade de aplicativos de comida. O vídeo aparece como o formato de maior destaque (73%), seguido pela música (45%).

A categoria de serviços essenciais também fazem parte desse movimento: planos de saúde (43%), seguros (35%) e educação (29%) estão entre as opções mais contratadas, além do armazenamento em nuvem (35%).

Experiência, custo-benefício e permanência

Segundo a pesquisa, experiência do usuário (30%) é o principal fator de permanência dos consumidores, seguido de vantagens exclusivas (26%) e custo-benefício (20%). Em contrapartida, 49% já cancelaram algum serviço por insatisfação e 39% afirmaram não utilizar com frequência aquilo que assinaram.

No caso dos streamings, 58% dos consumidores são contrários à presença de anúncios, enquanto 45% aceitariam publicidade em troca de preços mais baixos. O compartilhamento de senhas fora da residência recuou de 56% em 2024 para 49% neste ano.

Pagamentos

Apesar do cartão de crédito seguir como meio de pagamento dominante para assinaturas (69%), a confiança é baixa. Apenas 24% dos usuários dizem se sentir seguros em cadastrar dados online. O cenário abre espaço para a expansão do Pix (13%) e do débito em conta (8%), especialmente entre os consumidores mais jovens.

A expectativa é de que o Pix programado e o Pix parcelado acelerem essa tendência nos próximos meses, segundo a análise dos organizadores do estudo.