Alibaba enfrenta Amazon na Europa reduzindo taxas para atrair marcas
Após anos de pesquisas, o rei do varejo chinês Alibaba está entrando no mercado europeu. A empresa tem cobrado taxas menores do que as da Amazon para atrair fornecedores, mas teve resultados mistos, disseram fontes à Reuters com conhecimento do assunto.
Uma enxurrada de pequenas empresas aderiu à sua plataforma europeia, o AliExpress, nos últimos meses, mas algumas marcas maiores estão se segurando, segundo as fontes.
O AliExpress abordou marcas conhecidas, incluindo Mango, Benetton e o grupo de moda espanhol Tendam, dono da Cortefiel, para vender em seu site, obtendo sucesso limitado, de acordo com cinco fontes envolvidas nas abordagens que pediram anonimato.
Algumas das marcas não sentiram que o site, cujas ofertas de moda incluem uma minissaia de imitação de couro por cerca de US$ 18 e um suéter de acrílico por US$ 14, era a vitrine ideal para seus produtos, disseram fontes.
Um executivo de uma grande empresa de moda, que rejeitou as abordagens do AliExpress na Europa, disse que sua marca precisava estar em um “ambiente de aspiração”. Outro descreveu a plataforma AliExpress como “um trabalho em andamento”.
No entanto, o chefe do AliExpress, Wang Mingqiang, disse à Reuters em entrevista na sede do Alibaba em Hangzhou, que marcas estrangeiras precisam de tempo para entender a plataforma.
Com espaço para projetar suas próprias lojas dentro da plataforma, as marcas podem criar sua própria página inicial, com fotos e vídeo, para criar a sensação que desejam, disse ele.
Tanto a Benetton quanto a Tendam se recusaram a comentar se foram abordadas. Essas marcas não estão no AliExpress, mas vendem na Amazon. A Mango não vende no AliExpress nem na Amazon.
Uma porta-voz do AliExpress não comentou se a empresa havia abordado essas marcas ou outras.
“Estamos constantemente explorando oportunidades de trabalhar com diferentes parceiros e comprometidos em atuar como parceiro confiável para consumidores e vendedores”, disse a empresa.