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Vale a pena investir em um marketplace próprio?

Por: Gustavo Perina

Especialista em e-commerce com mais de 20 anos de experiência no mercado digital. Criou a Webstore em 2009, uma das pioneiras do mercado de plataforma de e-commerce, com intuito de levar às pequenas e médias empresas de varejo uma tecnologia de ponta com custo acessível. Através de sua plataforma, ajudou a criar mais de 100 mil lojas virtuais de todos os tamanhos e segmentos.

Se você pensa em criar um marketplace próprio, mas está em dúvida se realmente vale a pena investir, você precisa saber que pode não ser uma tarefa fácil, visto que os desafios são muitos, quando se trata da criação de qualquer empresa. Investir em um Marketplace próprio não seria diferente.

Concordamos que negócios exigem investimento, certo? Portanto, desconfie ao falarem que criar um Marketplace próprio não é uma boa ideia. Afinal, todos os modelos de negócios tem prós e contras.

Imagem de uma miniatura de carrinho de supermercado sobre um notebook, com a página de um e-commerce aberta

Criar um Marketplace próprio tem se tornado uma grande tendência

Além disso, existem vários tipos de Marketplaces, onde alguns demoram mais e outros menos para gerar resultados. Veja nos próximos tópicos os 5 principais tipos de Marketplace existentes.

Produtos físicos

São os tipos de marketplace mais populares, direcionados para o comércio de diversificados produtos, como: roupas, calçados, eletrônicos, livros, móveis, entre tantas outras mercadorias. Nessa seção, há players variados e os mais conhecidos são:

  • Amazon;
  • Americanas;
  • Casa Bahia;
  • Ponto Frio;
  • Mercado Livre;
  • Shoptime:
  • Submarino;
  • entre outros.

Alguns desses players vendem produtos variados, como é o caso do Mercado Livre e Americanas. No entanto, existem outros que apostam em nichos específicos.

Serviços

Nessa categoria, os marketplaces fornecem serviços, possibilitando que pessoas físicas e jurídicas se cadastrem a fim de oferecerem seus serviços, desde que paguem uma comissão para a marca.

A Uber, por exemplo, é um aplicativo que conecta motoristas a passageiros. Outros exemplos de Marketplaces de serviços são IFood, Rappi e Uber Eats.

Aluguel

Com esse serviço é possível alugar um quarto de hotel, pousada ou resorts por um site, onde o cliente negocia datas e valores diretamente com o dono no imóvel/hotel. Além disso, o cliente é informado sobre os custos antes mesmo de fazer a reserva.

Um grande exemplo é o famoso Airbnb, que atualmente é o maior locador de quartos do mundo. A forma de ganho desse serviço, consiste em uma porcentagem para empresa, sobre a diária dos clientes do estabelecimento parceiro.

Agendamento

Esse tipo de Marketplace é bem específico. Isso porque são referentes a profissionais de saúde que a partir de uma ferramenta simples, buscam facilitar o agendamento dos seus clientes.

Anúncio

Esse modelo de Marketplace é especialista em apenas divulgar o produto. Desse modo, o usuário faz o cadastro, monta o anúncio com fotos, descrição, valores e meios de contatos. Vale lembrar que o player não vende o produto, ele apenas auxilia o usuário como vitrine digital.

Os mais conhecidos são: Google Shopping, Buscapé e a OLX. São remunerados pelos clientes que desejam promover os anúncios para mais chances de conversão.

O crescimento do Marketplace

Como vimos, criar um Marketplace próprio tem se tornado uma grande tendência. Segundo uma pesquisa feita pela Ebit, o Marketplace teve uma crescente de 52% em 2020 acima do total do mercado, resultando R $73,2 bilhões para a categoria.

Entre as lojas preferidas estão: Americanas, Mercado livre e Magazine Luiza. No entanto, a Amazon ganha maior destaque em crescimento. Dos consumidores, 28% afirma ter feito compras na Amazon em 2019, já em 2021 esse número saltou para 55%.

Como funciona um Marketplace próprio?

Primeiramente, é preciso conhecer o tipo de público que o seller almeja atingir no momento de planejamento e pesquisa do mercado. Isso acontece porque o cliente terá acesso a uma gama de produtos distintos, sendo que cada um deles pode ser vendido por um seller diferente.

Há um conflito entre o entendimento dos Marketplaces e sellers, pois, o Marketplace possibilita que o cliente consiga comprar todos os itens desejáveis e pagar em apenas uma conta. Contudo, os sellers podem atrair um número maior de clientes com produtos únicos de grande relevância e com ofertas especiais. Ou seja, o Marketplace é o canal de vendas disponibilizado para os clientes e os sellers são os gestores que administram essas vendas do Marketplace, que geram, recebem e enviam todos os produtos.

Vantagens de investir em um Marketplace próprio

Um Marketplace próprio pode ajudar a desviar a alta concorrência das lojas virtuais, visto que a plataforma possui um modelo diferente de negócio que reúne diversos sellers em apenas um lugar. Só no Brasil o número de lojas virtuais registradas, ultrapassa a marca de 1,3 milhão, quase metade são de pequenas empresas.

Outro fator positivo nesse investimento, é a possibilidade de escalar o negócio de forma mais rápida. Isso pode ser feito apenas agregando lojistas de qualidade ao longo do tempo do empreendimento. Além disso, é possível ter um e-commerce multinacional, reunindo lojistas de vários países diferentes.

Comece pequeno, sonhe grande, comece rápido

Essa frase pode parecer clichê, mas é um pensamento muito útil. Sabemos o quão é difícil e consideravelmente perigoso investir muito. Portanto, o empreendedor pode iniciar com pouco e evoluir seu negócio temporalmente.

Para que tudo ocorra bem, o planejamento é uma etapa fundamental, no entanto, deve ter atenção ao prazo, pois não pode ser feito por muitos meses sem executar nada. É necessário testar e ver na prática como o mercado se comporta.

Após esse processo, conforme as métricas alcançadas, o empreendedor vai ajustando o marketplace próprio.

Para obter sucesso, o investidor precisa de dois diferenciais: começar logo e sair na frente da concorrência.