Dois mil e quinze foi um ano e tanto para os empreendedores do e-commerce, começou com boas expectativas e, mesmo em meio à crise econômica, conseguiu se sobressair em relação a muitos outros setores da economia brasileira. Depois do Natal e Ano Novo é hora de começar a pensar no que virá em 2016.
Olhando pelo ângulo das tendências, podemos continuar batendo na tecla do m-commerce. Apesar de essa ser uma “previsão” antiga, ela continua, pois o e-commerce nacional ainda não conseguiu aproveitar todo o potencial que as plataformas móveis representam.
Em 2015, a necessidade de um site responsivo aumentou ainda mais já que o Google mudou seus padrões de ranqueamento. Para o 2016, o que deve vir é uma compreensão maior de como trabalhar esse universo e um entendimento maior sobre o comportamento do público nesses dispositivos. Além de uma integração cada vez mais em sintonia com o desktop e com o universo físico.
Outra tendência que pode despontar em 2016 são as entregas cada vez mais eficientes, realizadas no mesmo dia da compra ou disponibilizadas em postos de retirada físicos. Alguns grandes e-commerces, como a Netshoes, já praticam a entrega em 24h. O que se espera é que mais soluções como esta sejam incorporadas aos e-commerces.
Para os pequenos e médios negócios, a novidade pode chegar em proporções menores e talvez não concretamente em 2016, mas de qualquer modo vale pensar em alternativas que otimizem esta etapa da venda online, afinal é assim que se cria o diferencial.
Em termos de desafios, 2016 reserva um assunto já bastante discutido neste ano, mas que continua muito atual e pertinente: o ICMS. Isso porque no próximo ano começa a valer uma nova repartição do imposto: 40% do recolhido irá para o estado de destino da mercadoria e 60% para o estado de origem.
Contudo, embora a Emenda Constitucional 87 tenha amenizado a disputa fiscal entre os estados da União, existem algumas questões que não ficaram totalmente claras, como a autorização do uso do crédito de ICMS para abater o imposto devido apenas ao estado de origem. Com isso, pode ser que as empresas recorram à justiça alegando violação do princípio da não cumulatividade.
Para lidar com esse novo contexto que 2016 pode trazer, o empreendedor terá que, cada vez mais, desenvolver multicapacidades. Será preciso lidar com questões de gestão orçamentária, finanças, gestão de estoque, atendimento, qualidade de TI e outros fatores que, combinados, têm o poder de alavancar todos os potenciais de um e-commerce. Vale ainda ficar de olho no avanço da questão do ICMS, pois certamente o assunto ainda pautará muitos debates.
Além disso, um dos maiores desafios do empreendedor será inovar em todos os sentidos. As tecnologias serão cada vez mais democratizadas e, com isso, o empreendedor, por menor que seja, terá a possibilidade de empregá-las em seu negócio.
Por isso, o desafio será utilizá-las da melhor maneira para criar diferenciais em relação à concorrência. Vale usar e abusar da criatividade, porque uma ideia inovadora nem sempre requer um grande investimento – às vezes uma atitude diferente, uma embalagem personalizada, um agradecimento especial ou um bilhete escrito à mão podem fazer toda a diferença no processo de fidelização do cliente. Anote a dica e vá pensando como você pode fazer isso no seu e-commerce para o próximo ano. Afinal, quem planeja já sai um passo à frente.