Nos últimos 18 meses o modelo das compras coletivas chegou arrebentando no Brasil. O formato estreou em março de 2010 e hoje já conta com 4,5 milhões de usuários. A estimativa dos sites de compras coletivas é faturar R$ 300 milhões em 2011 - resultado fantástico se você levar em conta que esse negócio não existia dois anos atrás.
Agora, qual é o benefício real que as compras coletivas trazem para quem trabalha com o modelo tradicional de comércio eletrônico?
Vale a pena queimar o preço de um produto em até 70% do seu valor para atrair tráfego para a sua loja virtual?
Segundo as teorias de marketing, quando reduzimos o preço de um produto em até 70%, nós não estamos apenas vendendo o produto mais barato para o nosso público alvo, mas atraindo um novo tipo de consumidor que provavelmente não se identificará com a imagem da empresa, mas apenas com o preço do produto.
No Brasil ainda não temos uma pesquisa profunda sobre o efeito das compras coletivas sobre o negócio daqueles que usaram esse serviço por aqui, mas lá fora as primeiras pesquisas começam a pipocar.
Segunda uma pesquisa feita durante o mês de Julho pela Cooper Murphy Copywriters, 2/3 das empresas que anunciaram em sites de compras de coletivas tiveram lucro ao fazê-lo, enquanto 35% afirmaram que não ganharam nenhum dinheiro com o negócio.
82% das empresas se mostraram completamente insatisfeitas com a sensibilidade exagerada dos clientes que vêem pelas ofertas publicadas em sites de compras coletivas. Além do mais, os clientes que chegam as lojas via compras coletivas simplesmente não retornam para comprar de novo.

E mais, 49% das empresas que anunciaram nos sites de compras coletivas dizem que não vão mais anunciar.

A pesquisa mostra um racha entre aqueles que ainda aprovam a idéia das compras coletivas versus aqueles que desaprovam completamente.
Autor: Ricardo Jordao Magaslhaes para
Ikeda Blog