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Growth para e-commerce: o método por trás do crescimento

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Por: Hellen Datz

Gerente De Growth na Infracommerce

Gestora de Growth & Performance, especialista em CRM e integração de estratégias de marketing digital. Atualmente, lidera a agência da Infracommerce, unindo equipes de Mídia, WA, SEO, CRM, CRO e Conteúdo para entregar resultados escaláveis e sustentáveis para grandes marcas. Sua trajetória inclui experiência na gestão de funis completos, desde a aquisição até a retenção de clientes, com foco em dados, automação e personalização. Com uma sólida base em Comunicação e ampla vivência em e-commerce, se destaca por aliar criatividade, tecnologia e análise de dados para impulsionar performance e otimizar a jornada do cliente. Acredita na colaboração entre áreas como chave para potencializar resultados e transformar desafios em oportunidades, sempre com foco em inovação, comportamento do consumidor e crescimento sustentável.

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Você já parou para pensar que o crescimento do seu e-commerce pode estar sendo limitado por estratégias tradicionais demais? Que talvez o que esteja faltando para escalar suas vendas de forma inteligente não seja mais investimento, mas sim uma mudança de mentalidade?

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Imagem: Freepik.

É exatamente sobre isso que o growth para e-commerce se propõe: uma abordagem orientada por dados, centrada no cliente e voltada para o desempenho real da jornada de compra 360°. E não é só sobre marketing, é sobre gestão digital estratégica, baseada em tecnologia, experimentação constante e personalização. Testes rápidos, hipóteses validadas e ajustes em tempo real fazem parte do processo, porque crescer, hoje, exige agilidade e aprendizado contínuo.

Entendendo o cenário de crescimento do varejo digital

Antes de tudo, se você ainda não está investindo em experiências personalizadas, está perdendo dinheiro. Literalmente.

Um estudo da Salesforce mostrou que, apesar de apenas 7% dos visitantes clicarem em recomendações, esses cliques representam 24% dos pedidos e 26% da receita. A McKinsey reforça: 71% dos consumidores esperam personalização, enquanto 76% se frustram quando isso não acontece. E o dado mais impactante: 44% dizem que se tornam clientes recorrentes quando recebem interações relevantes (Segment, 2024).

O recado é claro: personalização gera retenção, recorrência e resultado. Mas qual é o caminho mais efetivo para colocar tudo isso em prática?

RFV, cohorts e dados que contam histórias

O growth real trabalha com dados e ferramentas como RFV (Recência, Frequência e Valor Monetário) e análise de cohorts, o que pode transformar o seu e-commerce.

Com RFV, por exemplo, você consegue segmentar sua base com altíssima precisão e escolher a forma certa de impactar cada perfil. Já o canal pode ser indicado por IA indicar, que indica a preferência de cada público e, ao combinar ambos, você constrói uma estratégia de marketing super potente.

Já a análise de cohorts, por sua vez, revela padrões de comportamento escondidos. Ao analisar a evolução de grupos com características em comum (como canal de aquisição ou período de entrada), você entende quando os clientes tendem a abandonar sua marca, quais campanhas geram maior LTV, onde está seu CAC mais eficiente, e onde vale a pena injetar verba para escalar. Mas todos esses pontos só são revelados para quem sabe o que e como analisar.

Aplicando o growth para e-commerce: 7 segmentações e 7 estratégias

1. Clientes com alto valor e alta frequência

→ Estratégia: crie campanhas de fidelização com benefícios exclusivos, acesso antecipado a lançamentos, programas de indicação e ações de reconhecimento (ex.: clube VIP, experiências personalizadas). Reforce o vínculo emocional e o senso de pertencimento à marca.

2. Clientes com valor médio, mas alta interação

→ Estratégia: acelere o engajamento com comunicações pós-compra inteligentes (ex.: tutoriais, social proof, conteúdos de uso) e incentivos para uma nova conversão a curto prazo. O objetivo aqui é transformar uma boa primeira impressão em hábito.

3. Clientes com ticket médio baixo ou comportamento de compra esporádico

→ Estratégia: personalize ofertas com base no histórico de navegação e interesse, reforçando a percepção de valor. Teste gatilhos de urgência ou escassez e bundles que aumentem o valor médio da compra.

4. Clientes com alta frequência, mas queda no valor de compra (potencial churn)

→ Estratégia: aplique segmentações preditivas para entender mudanças no comportamento e envie comunicações de reativação emocional (ex.: “sentimos sua falta”, recompensas surpresa, pesquisa de satisfação). O foco é reconectar.

5. Clientes inativos há muito tempo, mas com alto valor histórico

→ Estratégia: ative campanhas de recuperação com forte apelo emocional e vantagens exclusivas para o retorno. Conte a evolução da marca, traga novidades relevantes e destaque o valor que ele já gerou para a empresa.

6. Clientes com baixo valor, baixa frequência e baixa interação (menos engajados)

→ Estratégia: avalie o potencial de reengajamento com campanhas de curiosidade ou recompensas para reativação. Se o custo de ativação for maior que o retorno previsto, considere automatizar a exclusão progressiva ou requalificação do perfil.

7. Campanhas sazonais e cross-selling

→ Estratégia: utilize clusters RFV, combinados com LTV e padrões de comportamento, para identificar o timing ideal, indicando produtos complementares.

Alavancas reais de crescimento: seu e-commerce já está no modo growth?

    Se você quer que seu e-commerce cresça de verdade, então comece a mapear as alavancas do seu negócio. Growth não é mágica. É um método. E os resultados só aparecem quando você une tecnologia e estratégia a uma execução focada e mais assertiva.

    Se você ficou com aquela pulga atrás da orelha, ótimo! Significa que estamos no caminho certo! Esse é o primeiro passo para evoluir de vez a forma como você analisa, planeja e executa estratégias com foco no crescimento da sua operação digital.

    Mais do que seguir tendências, é hora de estruturar decisões com base em dados reais, comportamento de consumo e ações que geram impacto real. Porque crescer de forma sustentável não é questão de sorte, é questão de método. Então, vamos nessa?