Neste momento de pandemia, a vacina para o novo coronavírus ainda é incerta. Diversos estudos farmacêuticos estão em andamento em países como Arábia Saudita, Brasil, Rússia, China e Estados Unidos. Entretanto, parece que infelizmente terminaremos 2020 sem uma imunização de escala global.
Na contramão dessa instabilidade humanitária, constantemente encontramos notícias positivas sobre o varejo online. Ainda que alguns meses apresentem queda, como os -9,15% de agosto na comparação com julho, contabilizamos recordes de faturamento, pedidos, novos consumidores e sellers lançam uma luz de otimismo para quem precisa driblar a crise e não estagnar a operação.
De acordo com a E-bit|Nielsen, no primeiro semestre deste ano o setor teve faturamento 47% maior em relação a 2019. A crescente se mantém no segundo semestre, com ótimo desempenho do Dia dos Pais, em agosto, e na Semana do Brasil, em setembro — somente nesta última o faturamento foi de R$ 2,3 bilhões (alta de 25% na comparação com o mesmo período do ano passado). As datas mais aguardadas, agora, são Dia das Crianças, Black Friday, Cyber Monday e Natal.
E-commerce e pandemia
Aqui no Brasil, o distanciamento social ganhou intensidade no mês de março. Portanto, estamos há pouco mais de seis meses com uma rotina de muito mais tempo dentro de casa de modo que comprar pela internet virou um hábito.
Quanto ao futuro do e-commerce, porém, cabe observar três pontos interessantes:
A rotina está voltando
Muitas pessoas se mostram cansadas e aos poucos voltam às ruas para passear e frequentar o varejo físico. Esse cenário tende a se intensificar, afinal os dias mais ensolarados e as temperaturas amenas da primavera são realmente tentadores!
Compras já foram feitas
Com tantas campanhas comerciais já realizadas, é possível que boa parte dos consumidores brasileiros tenha feito suas principais compras. Especialmente para presentear em datas especiais (Páscoa, Dia das Mães, Dia dos Namorados e Dia dos Pais).
O poder aquisitivo poderá enfraquecer
Por último, vale lembrar que o auxílio emergencial concedido pelo Governo Federal injetou capital e proporciona poder de compra a milhões de brasileiros. Mesmo que as parcelas sejam estendidas, muitos dos beneficiários se encaminham para seus últimos meses com o recurso.
Levar esses aspectos em consideração não significa falta de otimismo — pelo contrário, significa estar atento às tendências do mercado e ao comportamento das pessoas para se manter na curva ascendente do e-commerce. É possível, sim, que o setor desacelere um pouco, mas sempre haverá oportunidades para os sellers que sabem se reinventar.
O que podemos aprender?
Quem trabalha com e-commerce já deve ter percebido que os clientes estão mais experientes e exigentes. Agora, a tendência é que também fiquem mais cautelosos. Por isso, daqui para a frente os sellers precisam mais do que nunca se reinventar.
Entenda seus consumidores, observe a concorrência, negocie melhores condições com fornecedores, reveja o portfólio de produtos, encontre oportunidades, invista em tecnologia — tudo isso pensando no agora, mas também a médio e longo prazo.
Enquanto ainda aproveitamos a boa safra do o e-commerce, revise seu negócio de ponta a ponta para ajustar falhas, remodelar processos de gestão, avaliar a capacidade para escalonar vendas e como a equipe pode dar conta do novo fluxo de trabalho (se necessário, contrate mais funcionários fixos ou temporários). Além disso, dedique uma atenção extra ao pós-venda para fidelizar clientes.
Se você está apostando em vendas multicanal ou omnichannel, lembre-se de contratar um bom hub de integração. Acredite: esse sistema é capaz de otimizar tempo, reduzir custos, ajudar no aumento das vendas e ainda entregar relatórios detalhados de todos os seus canais de vendas.
Estrutura bem planejada, portfólio atraente, sistemas eficientes (ERP, hub e outros), conhecimento de mercado e marketing estratégico são básicos para um e-commerce de sucesso. Lembre-se: o varejo online exige fluidez — quem fica parado, afunda.
Pense nisso. Até a próxima!