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Como preparar sua operação para a Black Friday

Por: Vinícius Correa

Fundador e CEO da Flowbiz, Vinícius é especialista em estratégia de automação de marketing e relacionamento com cliente. Atua ajudando marcas a aumentarem a retenção de clientes, impulsionarem suas vendas e construírem relacionamentos de alto valor por meio de estratégias personalizadas, que vão além do e-mail marketing — envolvendo jornadas multicanal com inteligência de dados e automações que realmente convertem. Fundador e CEO da Flowlbiz, é especialista em e-commerce e retenção de clientes. Auxilia lojas virtuais a ampliarem o nível de fidelização e as vendas através de e-mail marketing.

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1. A temporada de alta começou antes da sexta

A Black Friday deixou de ser um evento de um dia: hoje, é um ciclo de mais de 45 dias e vai até o pós-venda em dezembro. Quem só ativa campanhas no fim de novembro perde o timing mais lucrativo: o da antecipação e do aquecimento da base.

Black Friday em letras grandes e coloridas sobre fundo amarelo vibrante.
Imagem: Freepik.

Segundo o CRM Report da Flowbiz, e-commerces que mantêm comunicação constante (de 9 a 12 e-mails por mês) registram 40% mais aberturas e um ROI médio 56% superior aos que enviam menos campanhas. Consistência é o que prepara o terreno para a conversão em massa.

2. Cronograma de ativações e contingência

Divida sua operação em três fases:

1. Pré-aquecimento (outubro a 10/11): campanhas de engajamento, resgate de inativos e testes de automações.
2. Black Week e Black Friday: automações de carrinho, descontos personalizados e reforço de WhatsApp.
3. Pós-campanha (até 10/12): fluxos de recompra e remarketing para clientes recém-convertidos.

A automação é o alicerce dessa sequência. A Flowbiz comprova:

– Taxa média de abertura e-mail: 10,93%
– Taxa média de abertura WhatsApp: 63,10%
– Taxa média de clique e-mail: 4,82%
– Taxa média de clique WhatsApp: 20,29%
– Taxa média de recuperação de carrinhos: 2,82% (e-mail) vs. 7,89% (WhatsApp)

    Esses dados comprovam que o WhatsApp é o canal com maior potencial de engajamento e conversão, especialmente quando usado junto à automação de e-mail. Ou seja: não se trata de escolher um canal, mas de integrar múltiplos pontos de contato para transformar o interesse do cliente em ação.

    A diferença não está apenas no desconto, mas na reativação inteligente e multicanal do cliente.

    3. Logística é parte do marketing

    A experiência de compra não termina no clique. Operações que integram fulfillment e pós-venda à jornada de marketing registram taxas de recompra significativamente maiores.

    Em períodos de alto volume, é essencial:

    – Ter capacidade extra de expedição e estoque tamponado para emergências;

      – Enviar atualizações proativas por e-mail e WhatsApp, reduzindo atrito com o cliente;

      – Manter fluxos de acompanhamento e pesquisas de satisfação para nutrir vendas futuras.

      4. O segredo está no “pós”

      A Black Friday é só o começo. Os melhores resultados aparecem nas semanas seguintes, quando marcas ativam fluxos de recompra, upsell e reengajamento.

      Cada cliente que comprou em novembro é um lead quente para dezembro. Se o carrinho abandonado é 18x mais fácil de recuperar, a recompra é ainda mais previsível, basta usar os dados da primeira compra para personalizar a segunda.

      E o melhor: com automações, isso acontece de forma contínua e escalável, sem sobrecarregar o time de marketing. Planejar a Black Friday vai muito além da campanha. É sobre ritmo, consistência e inteligência operacional. Marcas que alinham automação, logística e atendimento não apenas vendem mais, mas constroem uma base de clientes que volta antes mesmo do Natal.